Os resultados trimestrais da Hypermarcas (HYPE3) decepcionaram o HSBC, que reduziu tanto seu call para as ações da empresa quanto seu preço-alvo. Agora o banco recomenda exposição neutra à companhia, com target de R$ 21,00, upside de 25,67% em relação ao fechamento de terça-feira (10). O preço-alvo anterior era de R$ 28,00.
As ações já amarguraram dois dias de fortes quedas na bolsa paulista, após cair 10,56% na segunda-feira e 7,78% na sessão posterior, em ambas as vezes liderando a ponta vendedora do Ibovespa. Com isso, a ação da varejista acumula uma queda de 17,52% nesses dois pregões, elevando sua desvalorização acumulada em 2011 para 25,41% - a segunda maior do índice.
Resultados
Para os analistas Francisco Chevez e Manisha Chaudhry, o resultado foi "decepcionante". A receita líquida aumentou 30,5% para R$ 845 milhões – abaixo dos dos R$ 1 bilhão esperados pela dupla, para quem o crescimento devia ser de 46% –, mas o aspecto mais decepcionante foi a queda de 3,4% da receita pro forma - ou seja, desconsiderando os efeitos das aquisições feitas pela empresa.
Os analistas apontam que não havia expectativa de que isso acontecesse, já que a Hypermarcas não deu sinais de estava com problemas para movimentar seus produtos. Embora a administração da empresa dê explicações para o ocorrido – que variam do fato do carnaval ocorrer mais tarde, ao efeito da alta de taxa de juros no capital de giro dos varejistas e condições de crédito -, Chevez e Manisha acreditam que a razão seja a mudança nas políticas comerciais, o que inclui um aumento de preço e redução das condições de pagamentos.
Os analistas ressaltam que as medidas encontraram resistência por parte dos clientes, traduzindo-se em uma linha de receitas decepcionante. Para o HSBC, a empresa cometeu um "erro ao mudar suas políticas comerciais".
Credibilidade
A companhia "passou por momentos difíceis" ao tentar explicar porque não houve anúncio sobre as mudanças na política comercial antes do comunicado de lucros do trimestre - o que gerou, no entendimento de Chevez e Manisha, um problema de credibilidade difícil de ser superado.
Os analistas acreditam que a quantidade de aquisições nos últimos anos pode ter exigido focos em redução de custos – no lugar de crescimento de receitas. Chevez e Manisha afirmam não saber "quanto tempo levará para a administração reparar o dano feito ao crescimento das receitas" e à credibilidade, o que faz com que a dupla tenha uma menor visibilidade dos lucros.
Fonte: InfoMoney
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Comentário: vejam que apesar dos analistas considerarem decepcionantes os resultados, acreditarem que aempresa errou ao mudar suas políticas, não recomendarem mais a compra da ação, e reduzirem o preço alvo da ação em 7,00 reais, ainda assim, o preço alvo significa que os analistas esperam que as ações valorizem 25%. Acho muito estranho o que os analistas dos grandes bancos e corretoras fazem, definindo preços alvo para as ações sempre muito acima dos preços atuais, contando com valorizações acima dos 20% na imensa maioria dos casos, e muitas vezes chegando a valorizações na casa dos 50%. Isso acontece toda hora, todo ano, e eles erram quase sempre, se as recomendações desses analistas fosse certa, todos seríamos ricos, pois bastaria comprar as ações que eles recomendam, esperar um ano, e embolsar lucros na ordem dos 40%.
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