28/07/2011

Direto ao ponto: Ibovespa ainda tem espaço para queda, com foco nos EUA

SÃO PAULO – O cenário externo tem sido o principal fator de influência
para os resultados do Ibovespa nas últimas sessões, tendo como
destaque, principalmente, o impasse político envolvendo a aprovação do
limite do endividamento nos Estados Unidos. A apreensão diante do
cenário econômico norte-americano ganhou mais um fator na sessão da
véspera, com a divulgação do Livro Bege, que demonstrou a fragilidade
do desenvolvimento da economia por lá.

Diante desse cenário, o Ibovespa recuou1,77%, a 58.228 pontos ,
atingindo assim sua menor pontuação desde 20 de maio de 2010, quando
fechou a 58.192 pontos. A perda acompanhou o movimento externo, visto
que um dos principais índices de Wall Street, o Dow Jones, recuou
1,59%.

Na opinião do analista da TOV, Pedro Marques da Costa, a próxima
sessão também deve ser balizada pela economia norte-americana. "O
mercado não gosta dessas incertezas e enquanto não sair a definição do
teto da dívida nos Estados Unidos, o assunto não deixará de ser
destaque", explica.

Segundo ele, a sessão desta quinta ainda terá espaço para mais queda,
considerando que após a forte baixa da véspera, o índice pode ainda
voltar a cair mais, chegando aos 57.700 pontos. "Acredito que esta
mínima ainda deve ser buscada, dando espaço para mais uma queda nesta
sessão", explicou o analista.

De olho na agenda econômica
Na sessão desta quinta, os investidores devem ficar atentos ainda à
agenda de indicadores econômicos, que traz dados importantes sobre a
economia por lá. "O Initial Claims deve ser o principal indicador da
sessão, por conta dos últimos resultados do setor, que preocuparam o
mercado. Já o indicador sobre vendas de moradias não deverá ser visto
com tanta relevância, considerando que a questão imobiliária não tem
ficado tão no foco dos investidores", explica Costa.

Por aqui, além da divulgação do IGP-M (Índice Geral de Preços), pela
Fundação Getulio Vargas, os investidores ficarão de olho na ata do
Copom. No entanto, o indicador, segundo o analista, não deve
interferir significantemente no resultado do índice. "Os comentários,
após a divulgação do pelo Copom do aumento de 0,25 p.p. na taxa de
juros na semana, já serviram para dar diretizes ao mercado sobre as
projeções da inflação. Com isso, o foco deve ser, mais uma vez, as
notícias do mercado externo", completou.

Balanços corporativos a todo vapor
A agenda de resultados corporativos referentes ao segundo trimestre de
2011 já ganhou fôlego por aqui e segue a todo vapor nos Estados
Unidos. Estes resultados também devem ser observados com atenção pelos
investidores. Um dos destaques será o resultado da Vale (VALE3,
VALE5), que divulgará o balanço após o fechamento da sessão.

Fonte: InfoMoney

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