27/07/2011

Destaques Bovespa - 27/07/2011

Os investidores estrangeiros ingressaram no dia 22 de julho, sexta-feira, R$ 146,07 milhões na Bovespa, quando o índice fechou próximo à estabilidade, em alta de 0,01%. No mês de julho, o saldo acumulado de recursos estrangeiros está positivo em 1,017 bilhões. No ano, o déficit acumulado de recursos estrangeiros diminuiu para R$ 93,39 milhões. Já os investidores Pessoa Física retiraram, no dia 22 de julho, R$ 3,31 milhões na Bovespa. No mês de julho, o saldo está negativo em R$ 827,64 milhões na Bovespa. No acumulado do ano, o saldo de pessoa física está negativo em R$ 4,783 bilhões.

Mercado local, assim como os mercados internacionais, aguarda por alguma definição sobre o aumento no teto do déficit norte-americano. A votação na Câmara dos Representantes da proposta de lei para elevar o teto de dívida foi adiada para amanhã (28). O receio dos mercados também é o de que mesmo aprovando o novo teto do déficit, os EUA possam perder o seu rating AAA, o que seria devastador para os mercados. Investidores também aguardam a divulgação do IGP-M de julho amanhã, assim como a ata do COPOM referente à última decisão de se elevar em 0,25% a meta Selic. Outra notícia que os investidores terão que lidar hoje é com o novo decreto que fixa IOF de 1% sobre o valor nocional ajustado na aquisição, venda ou vencimento de contratos de derivativos financeiros, que tenham valor de liquidação afetado pela variação da taxa de câmbio, e que resulta em aumento da exposição líquida vendida em relação ao apurado no dia anterior. Nesse novo decreto o investidor que tomar empréstimo externo com prazo médio superior a 720 dias, e antecipar a sua liquidação terá que pagar juros moratórios e multa. 

 

Bradesco – A companhia divulgou hoje (27/07) antes do pregão, seus números referentes ao 2° trimestre de 2011, que, em linhas gerais vieram em linha com as expectativas do mercado. A receita líquida de intermediação financeira foi de R$ 20,1 Bilhões, crescimento de 26,47% em relação ao mesmo período do ano passado, leve baixa de 0,20% sobre o valor divulgado no trimestre anterior e 19,9% acima das expectativas do mercado, que totalizavam R$ 16,8 Bilhões. Já as despesas com PDD ficou em R$ 2,4 Bilhões, aumento de 12,77% na comparação anual e 3,26% superior ao trimestre anterior. Já o lucro líquido apresentou uma expansão de 15% sobre o montante informado no 2T10, e 3,18% acima do 1T11, alcançando R$ 2,82 Bilhões no segundo trimestre de 2011. Tal resultado foi impactado principalmente pela expansão da receita proveniente de atividades financeiras, que no 1S11 já corresponde a 72% do total do lucro líquido ajustado. O destaque positivo ficou para a redução do nível de inadimplência superior de 90 dias, que atingiu 3,7% no trimestre, demonstrando uma redução de 0,3 p.p sobre o mesmo período de 2010.

Além disso, tanto os recursos sob gestão e a carteira de crédito do banco apresentaram forte expansão anual, sendo que o número de recursos administrados e captados de clientes terminou o 2T11 no total de R$ 933,6 Bilhões, um aumento anual de 21,6%, e a carteira de crédito do Bradesco alcançou R$ 319,8 Bilhões, demonstrando uma expansão de 23,5% sobre o mesmo período de 2010. Somado a isso, houve uma ligeira queda de 0,3 p.p no Índice de Basiléia pela comparação trimestral , registrando um total de 14,7 no 2T11. Acreditamos em um impacto positivo para as ações do Bradesco, uma vez que o banco apresentou sólidos resultados e uma expansão da carteira de crédito acima da média do mercado.

Brasil Brokers – A companhia anunciou ontem (26/07) por meio de um fato relevante, a aquisição de 55% da imobiliária Home Hunters através de uma operação estimada em R$ 8.8 milhões. A operação que ainda deverá ser aprovada na próxima assembleia de acionistas prevê que os investidores que discordarem da negociação poderão vender sua participação para a Brasil Brookers a R$ 3,35 por ação. A notícia é marginalmente positiva para os papéis da companhia.

Cielo – A companhia divulgou ontem, após o pregão, seus números referentes ao 2° trimestre de 2011, que, em linhas gerais, vieram marginalmente acima das expectativas do mercado. A receita líquida foi de R$ 1,119 bilhão, crescimento de 6,71% acima em relação ao mesmo período do ano passado,  3,43% acima do trimestre anterior e 3,81% acima das expectativas do mercado, que totalizavam R$ 1,078 bilhão. O EBITDA totalizou 716,5 milhões, queda de 2,56% na comparação anual,  crescimento de 4,70% em relação ao trimestre anterior e superando as expectativas do mercado em 10,66%, que totalizavam R$ 647,5 milhões. Já o lucro líquido divulgado foi de R$ 424,9 milhões, queda de 7,16% em relação ao mesmo período do ano passado, 0,06% acima do ultimo trimestre e 0,91% acima das expectativas, que totalizavam R$ 421,1 milhões. O destaque positivo ficou por conta da elevação da margem EBITDA para 64%, superando a expectativa do mercado de 60,1%. Já destaque negativo ficou para a queda do lucro líquido com relação ao mesmo período de 2010, decorrente do aumento de despesas financeiras que corresponderam a R$ 25,4 milhões, aumento de 184% na comparação anual, que totalizou R$ 8,9 milhões. A companhia ainda destacou que a receita de aluguel de equipamentos totalizou R$ 265,1 milhões, queda de 12,8% na comparação anual e 1,2% abaixo com relação ao trimestre anterior. A queda ocorreu devido ao fim da exclusividade com bandeiras como a Visa, elevando a competição do setor. Em linhas gerais, os números apresentados vieram marginalmente acima das expectativas do mercado, devendo ter um impacto marginal sobre os ativos da companhia. Aguardaremos o conference call a ser realizado hoje (27/7) para maiores detalhes.

Fibria – A companhia de papel e celulose divulgou hoje (27/07) antes do pregão, seus resultados referentes ao 2° trimestre de 2011, que, em linhas gerais vieram aquém das expectativas do mercado. A receita líquida foi de R$ 1,45 bilhões, queda de 10,38% em relação ao mesmo período do ano passado,  queda de 5,75% pela comparação trimestral e levemente abaixo das expectativas do mercado, que totalizavam R$ 1,48 Bilhões. O EBITDA também apresentou recuo, alcançando R$ 490 milhões, valor 27,08% menor sobre o montante informado em 2T10 e 19,2% mais baixo do total alcançado no trimestre anterior. O forte recuo do EBITDA foi impactado principalmente pela redução do preço médio da celulose exportada, que sofreu forte influência da valorização do real frente ao dólar e da maior oferta global da commodity. Já o lucro líquido divulgado foi de R$ 215,0 milhões, crescimento de 65,3% sobre o 2T10 e forte recuo de 44,7% sobre o valor divulgado no 1T11. A forte variação no período pode ser explicada pelo ganho financeiro da venda da Conpacel e KSR, que ocorreram durante o 1T11, e o forte recuo trimestral foi impactado pela menor receita de vendas no 2T11, gerada  pela queda da cotação da celulose no mercado. A companhia ainda destacou que espera uma recuperação dos preços da matéria-prima no mercado internacional, à medida que acredita que o aumento da oferta global seja limitado no curto prazo. Acreditamos em um impacto negativo para os papéis da Fibria no curto prazo em reflexo do cenário macroeconômico desfavorável no curto prazo e da forte pressão demonstrada pelos fracos resultados corporativos .

Uol – A Universo Online informou ontem (26/07) que fará uma oferta pública pelas ações que ainda estão no mercado (40,89%) para fechar o capital da empresa. Segundo o comunicado, a empresa de internet, controlada pela Folha, fará uma oferta máxima de R$ 17,00 por ação. A notícia é positiva para as ações da companhia.

Qualicorp – Conforme a notícia veiculada hoje (27) no jornal "Valor Econômico", a Qualicorp adquiriu 80% da Praxi Solutions, corretora de seguros que usa os canais do varejo para vender produtos do seu portfólio como, por exemplo, garantias estendidas, capitalização e seguros. A aquisição permitirá à empresa oferecer planos de saúde para as classes C, D e E, diversificando assim sua carteira de clientes que hoje está focada nas classes A e B. Além disso, também abre grandes oportunidades, isso porque a Praxi possui parceiros de grande porte, como a Ricardo Eletro, o que aumentaria significativamente a área de atuação da Qualicorp. A notícia é positiva para a empresa, porém como não foi divulgado o valor da operação aguardaremos maiores detalhes.

TAM – Em notícia dessa quarta-feira (27) no jornal "Valor Econômico" o presidente da TAM, Marco Antônio Bologna, afirmou que aquisição da TAP não faz parte do plano estratégico da companhia. Bologna se demonstra bastante confiante quanto à fusão com a LAN, operação está que aguarda a aprovação do órgão antitruste chileno, e caso seja aprovada criará a Latam. Para ele o foco da empresa está em integrar as operações da TAM com a LAN, processo esse que deve demorar aproximadamente 3 anos. A notícia é de cunho informativo não devendo impactar sobre o preço das ações da companhia.

Fonte: Um Investimentos

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