12/07/2011

Direto ao ponto: reunião na Zona do Euro termina bem e pode trazer ajuste positivo

SÃO PAULO - Nesta terça-feira (12), as tensões sobre o endividamento
da Zona do Euro continuam no centro das atenções. A reunião dos
principais ministros da Zona do Euro, na véspera, entretanto, decidiu
pela ampliação do fundo de resgate que, atualmente, tem um limite de €
440 bilhões, e pode ser uma boa notícia para a sessão.

O Ibovespa chegou ao seu quinto recuo consecutivo na última
segunda-feira (11), no pior patamar de fechamento desde 26 de maio de
2010, quando marcou 60.190 pontos. O benchmark sofreu desvalorização
de 2,10% no pregão, acompanhando a apreensão dos mercados
internacionais acerca da situação fiscal de países da Zona do Euro.
Após Grécia, Irlanda e Portugal, foi a vez da Itália, que enfrenta
incertezas sobre a efetividade do plano de austeridade lançado em
2010, que previa o corte de € 21 bilhões.

A tendência é de volatilidade elevada, diz o analista da Leme
Investimentos, João Pedro Brugger. O índice pode ter uma leve
correção, dada a decisão positiva na Zona do Euro e a proximidade do
índice dos 60 mil pontos, uma pontuação considerada atrativa, completa
Brugger.

Teto da dívida pública dos EUA preocupa
Nos Estados Unidos, seguem as negociações no Congresso para a elevação
do teto da dívida pública do país, uma das principais preocupações no
curto-prazo. A agenda norte-americana fica com a temporada de balanços
corporativos, a ata do FOMC e a balança comercial de maio. Por aqui, o
principal indicador é o PMC, que compreende as vendas ao varejo, um
importante termômetro do aquecimento da economia doméstica.

China
Entre os indicadores externos mais importantes, três deles serão
divulgados na madrugada desta terça-feira, na China. O PIB (Produto
Interno Bruto) do segundo trimestre, a produção industrial e as vendas
no varejo. O mercado deve acompanhar os dados de perto, já que a
inflação continua em níveis elevados, diz Brugger, que não descarta
novas medidas macroprudenciais nas próximas semanas.

A China é o maior parceiro comercial do Brasil, responsável pelo
consumo de 57,13% do minério de ferro exportado pelo Brasil no ano
anterior, 16,9% do petróleo e 12,83% da soja. Desta forma, pode
influenciar diretamente as cotações de empresas ligadas a commodities,
como Vale (VALE3, VALE5) e Petrobras (PETR3, PETR4).

Fonte: InfoMoney

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