O Santander Brasil (SANB11) anunciou na última quinta-feira (28) os seus resultados referentes ao primeiro trimestre de 2011, o destaque ficou por conta do aumento de 17,5% de seu lucro líquido na comparação com o mesmo período de 2010, valor acima das estimativas do mercado.
Em análise, o analista Aloisio Villeth Lemos, da Ágora Corretora, aponta que o resultado mostrou recuperação depois de um quarto trimestre abaixo das expectativas. Contudo, afirma que "não foi bom o suficiente para mudar nossa visão sobre o banco".
Daniel Martins, da Spinelli, explica em relatório que a leve melhora na rentabilidade da companhia neste trimestre se deu por conta "do aumento dos spreads das operações de crédito e pequena evolução das despesas operacionais". Ainda assim, a corretora chama atenção para o fraco desempenho observado no que diz respeito à evolução da carteira de crédito e qualidade dos ativos.
Margens avançam, despesas também
A margem de juros líquidos marcou avanço de 2,2% na comparação com o quarto trimestre e 11,5% na base anual, impulsionada principalmente pela expansão da carteira de crédito, que teve ritmo menor de crescimento - 17,6% - na mesma base comparativa, e pela elevação dos spreads bancários, segundo Juan Arandia, analista do Citigroup.
As despesas permanceram elevadas, crescendo 11,5% na comparação anual, com destaque para as despesas com pessoal, que cresceram 19,3% na comparaçao anual. Segundo o Banco do Brasil, os ganhos de receitas de serviços e redução das despesas de pessoal não foram suficientes para compensar a elevação, ainda que o Santander tenha apresentando melhora de sua eficiência operacional.
Ações impactadas negativamente
De acordo com Luciana Leocadio, analista da Ativa Corretora, os resultados terão impacto "marginalmente negativo" sobre as ações da empresa, em função da redução do market share da companhia, que terminou o trimestre pressionado pelo baixo ritmo de crescimento da carteira de crédito.
Projeções
Para Nataniel Cezimbra, do Banco do Brasil, o Santander não terá dificuldade em adequar seu spread aos patamares do mercado, o que consequentemente manterá sua margem financeira em níveis consideravelmente altos, caso também consiga elevar sua carteira de crédito.
Contudo, para os próximos trimestres a maior dificuldade será mostrar competitividade para ganhar fatias de mercado, tendo em vista que neste trimestre foi observada uma falta de dinamismo das linhas de crédito como capital de giro, cartões e veículos. Além disso, a inversão da tendência de queda dos níveis de inadimplência "pode trazer perspectivas negativas para a margem financeira", explica o analista Cezimbra.
Fonte: InfoMoney
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