Petrobras – A companhia anunciou que irá investir US$ 350 milhões em um terminal flutuante de tancagem visando escoar parte da produção do pré-sal a partir de 2013. A unidade contará com um navio do tipo FSO (flutuante, para estocagem e transferência) que ficará permanentemente ancorado, com capacidade de estocar entre 2 milhões e 3 milhões de barris de óleo. De acordo com Paulo Roberto Costa, diretor de abastecimento da companhia, uma licitação internacional foi aberta na semana passada com quantidade grande de empresas, e a estatal deve ter propostas dentro de 30 a 45 dias. A notícia é apenas informativa. Além disso, a agência de classificação de risco S&P enviou comunicado ontem (23) confirmando a nota de BBB- de estatal brasileira, porém elevando a perspectiva de rating da companhia de estável para positiva. A notícia é marginalmente positiva para a Petrobras
Setor bancário – A agência de classificação de risco S&P revisou para positiva a perspectiva dos ratings de crédito de contraparte em moeda local e estrangeira de seis bancos brasileiros. Os bancos que tiveram sua perspectiva melhorada foram: BNDES, Banco do Brasil, Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Banco Santander, HSBC Bank Brasil e Banco Citibank. De acordo com o analista de crédito Sérgio Garibian, "a estrutura econômica diversa do Brasil, a expansão da sua classe média e o potencial para maiores exportações deve sustentar tanto o crescimento do PIB quanto a liquidez nos próximos três a cinco anos". A notícia é marginalmente positiva para as companhias citadas.
BM&FBovespa – A companhia irá unificar suas quatro câmaras de liquidação e compensação em um único e novo sistema de risco, o que deverá liberar cerca de R$ 30 bilhões hoje depositados como garantias por corretoras, bancos e empresas, devido a uma redução de garantias depositadas por estes nos seus mercados. De acordo com o diretor de administração de risco da companhia, Luis Antônio Barron Guerra Vicente, no mínimo 20% do total de R$ 150 bilhões depositados atualmente serão "devolvidos". A unificação significaria redução expressiva no custo de operação dos participantes. A idéia é que o sistema seja implantado no início de 2012. Para unificar as quatro câmaras, a companhia está desenvolvendo um sistema de risco que permitirá a integração de ativos heterogêneos. A notícia é marginalmente positiva para a empresa, uma vez em que deverá trazer redução nos custos dos participantes, o que poderá acarretar em maiores volumes. Porém, como o sistema ainda não está pronto, não acreditamos em fortes impactos e suas ações na sessão de hoje.
Braskem – Desde a noite de sábado (21), a produção na unidade de cloro-soda em Maceió (AL) está paralisada devido a um vazamento de cloro. De acordo com o vice-presidente de relações institucionais da Braskem, Marcelo Lyra, a companhia ainda não tem previsão para o retorno das operações. O primeiro acidente foi seguido de um rompimento de uma tubulação na madrugada de ontem (23) na mesma unidade, sendo que os dois incidentes deixaram seis vítimas – porém sem fatalidades - e geraram um vazamento de cloro. Os efeitos do vazamento no meio ambiente estão sendo analisados pelos órgãos competentes. A capacidade produtiva da unidade soma 460 mil toneladas de soda e 600 mil toneladas de dicloretano por ano. Segundo Lyra, o segmento afetado não é significativo em termos de receita para a companhia. Apesar de marginalmente negativa, a notícia não deve trazer impactos negativos sobre as ações da companhia.
Oi – De acordo com matéria vinculada ao jornal Valor Econômico, os controladores da Oi (AG, La Fonte e PT) devem anunciar hoje (24) uma nova proposta para simplificar a complexa estrutura acionaria da companhia, que atualmente possui 7 ações listadas em Bolsa (2 BrT, 3 Tmar e 2 TNL). A idéia seria alterar todas as ações para BrT, em função da mesma ter apenas 2 classes de ativos e possuir ADRs listadas em Nova York, e posteriormente alterar o nome para Oi S.A. A proposta deve gerar conflitos entre os acionistas, que vêm atrasando o processo de simplificação dos ativos desde 2006, por acreditarem que as relações de troca propostas estavam privilegiado um grupo em detrimento de outro. A expectativa é de que os controladores façam ofertas de relações de troca baseadas nas cotações atuais dos ativos na Bolsa – lembrando que diversas ações do grupo são negociadas com desconto em função da falta de liquidez. É necessário observarmos as propostas dos controladores para tirar maiores conclusões sobre a operação – porém, a simplificação dos ativos aumenta a liquidez, sendo positivo para as ações da companhia em termos de longo prazo.
Tereos – A companhia divulgou ontem (23) seus para o quarto trimestre da safra 2010/2011 e para os números fechados para o ano agrícola. A receita líquida foi de R$ 1,519 bilhões, totalizando R$ 5,688 bilhões no ano, crescimento de 24,2% na comparação anual, 4,5% abaixo do últimos trimestre e 3,2% abaixo das expectativas para o ano. Já o EBITDA divulgado para o ano veio 2,5% abaixo das expectativas do mercado, totalizando R$ 851 milhões. O EBITDA no trimestre totalizou R$ 263 milhões, crescimento de 28% na comparação com o mesmo período do ano passado e 2,5% abaixo do último trimestre. O lucro líquido foi de R$ 196 milhões no ano (41,6% acima das projeções de mercado) e de R$ 106 milhões no trimestre, queda de 44,8% em relação ao mesmo período do ano passado e 25,7% abaixo do último trimestre (período no qual a companhia teve um benefício fiscal de R$ 152 milhões). A companhia ainda destacou que "Nossos resultados do quarto trimestre demonstraram um aumento significativo nas receitas para o período, impulsionado pelo impacto de novos contratos em nosso segmento de amido. Além disso, nos beneficiamos do forte e contínuo desempenho das operações de cana-de-açúcar no Brasil e no Oceano Índico, assim como os maiores volumes e cenário de preços fortalecidos em nossas atividades de etanol na Europa". Em linhas gerais, apesar do lucro anual ter superado em mais de 40% as expectativas do mercado, não acreditamos que o resultado (por si só) seja driver para movimentos de grande magnitude sobre os preços dos ativos – acreditamos que o conference call (10 horas de hoje) será um driver maior para os ativos que os números apresentados – aguardaremos a realização do mesmo para maiores detalhes.
Pão de Açúcar e Carrefour – De acordo com matérias vinculadas aos jornais Valor Econômico e o Le Journal Du Dimanche, os grupos estariam em conversação há mais de um mês para realizarem um fusão de suas operações de supermercados e hipermercados. O grupo também francês Casino, acionista majoritário do Pão de Açúcar com 66% no capital total, já teria conhecimento do interesse do parceiro brasileiro (família Diniz), e já teria autorizado o inicio das negociações. Há diversas opções de como esta fusão poderia ocorrer (até mesmo troca de ações da família Diniz com o Carrefour), porém essa engenharia financeira ainda não foi desenhada. O que é de conhecimento do mercado é a pressão dos dois maiores acionistas da rede Carrefour, Colony Blue Investor e Grupo Arnault, para que o grupo se desfaça de sua operação na China ou no Brasil, e, dessa forma, rentabilizem os investimentos realizados pelos grupos há quatro anos atrás. Procurados pela imprensa, nenhum dos grupos deu declarações sobre a possível fusão entre as operações. A notícia ainda é especulativa, porém deve gerar viés positivo sobre as ações da companhia no curto prazo – aguardamos maiores informações.
MMX – A companhia comunicou ao mercado ontem (23) que, de acordo com o disposto na Instrução CVM nº 384, de 17 de março de 2003, contratou Itauvest DTVM S.A. para exercer a função de formador de mercado (market maker) dos Títulos de Remuneração Variável baseada em Royalties com o objetivo de fomentar a liquidez na BM&FBOVESPA, pelo período de um ano, prorrogável automaticamente por igual período caso não haja manifestação contrária de qualquer das partes. A MMX informou ainda que não celebrou qualquer contrato regulando o exercício do direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários de sua emissão com o market maker. A notícia é marginalmente positiva para as ações da companhia, dado o aumento de liquidez dos ativos.
Ambev – A companhia anunciou ontem (23) que pretende investir R$ 160 milhões para ampliar em 35% sua capacidade produtiva na unidade do município de Piraí, no Rio de Janeiro – maior unidade fabricante de bebidas do Brasil. Os investimentos, parte do pacote de R$ 2,5 bilhões anunciados este ano, serão destinados para a construção de uma nova linha de garrafas de 300 e 600ml, com capacidade de encher 60 mil garrafas por hora. Após a conclusão das obras, que serão iniciadas este mês, a unidade terá capacidade de produzir até 7 milhões de hectolitros de bebida por ano. A notícia é de cunho informativo, não devendo impactar nos preços dos ativos – investimento relativamente baixo para a companhia.
Fonte: Um Investimentos
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