24/05/2011

Direto ao ponto: Ibovespa segue descolado e traz patamar atrativo de compra

SÃO PAULO - A semana começou com um forte mal humor nos principais
mercados. O catalisador foi a crise de dívida soberana europeia, com
desdobramentos na Espanha, onde o partido governista perdeu as
eleições locais em meio a protestos contra medidas de ajuste fiscal.
Já a Bélgica teve a perspectiva para seu rating rebaixada para
negativa pela Fitch - mesmo movimento feito pela S&P para o rating
italiano. Acompanhando a queda das bolsas de Wall Street e da Europa,
o Ibovespa fechou em queda de 0,4%, aos 62.345 pontos.

Apesar da pressão sentida pelo Ibovespa, o analista da Leme
Investimentos, João Pedro Brugger, avalia que o mercado brasileiro
opera desde a semana anterior descolado do mercado externo, no qual as
quedas têm sido bem mais intensas. "E isto pode ser um bom sinal", ele
diz.

Ao aproximar-se da resistência em 60 mil pontos, o principal índice de
ações da Bovespa apresenta um momento interessante para compras, que
"pode ser a oportunidade de reverter a queda com que iniciou a
semana". Ainda assim, a volatilidade segue no curto prazo.

Indicadores
A agenda local e externa segue sem dados de grande importância. Por
aqui, há a divulgação da Sondagem Industrial da CNI. Nos Estados
Unidos, serão reportadas as vendas de casas novas no mês de maio. A
melhora no indicador americano tende a ser outra base para sustentar o
repique do Ibovespa, diz o analista.

Brugger aponta para uma sessão com o noticiário europeu mais
precificado, enquanto os temores com a diminuição da atividade
industrial da China, que chegaram ao mercado na última segunda-feira,
tendem a durar menos ainda. "Desde janeiro de 2010 o governo chinês
faz esforços para diminuir o ritmo da economia. O indicador chega a
ser uma boa notícia".

Fonte: InfoMoney

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