20/05/2011

Ibovespa registra leve alta nesta sessão, na contramão dos mercados externos

O Ibovespa apresenta leve alta de 0,04% nesta sexta-feira (20), para
62.390 pontos, em um dia de queda dos principais índices acionários do
mundo, diante da notícia de manutenção da política monetária no Japão
e da especulações quanto a quem assumirá o cargo de diretor-gerente do
FMI (Fundo Monetário Internacional), que era ocupado por Dominique
Strauss-Kahn até que ele foi preso sob a acusação de assédio sexual. O
volume financeiro da bolsa é de R$ 1,026 bilhão.

O principal destaque positivo fica com as ações ordinárias da Natura
(NATU3), que registram valorização de 2,07% e são cotadas a R$ 42,87.
Apesar dessa variação, a baixa acumulada desde o início do ano chega a
7,93%. Por outro lado, o pior desempenho fica com os papéis ordinários
da LLX (LLXL3), que são cotados a R$ 4,58 e apresentam baixa de 2,35%,
com notícias de realização de OPA (Oferta Pública de Aquisição) das
ações da PortX (PRTX3).

A LLX é destaque de queda em meio à notícia de que a MMX (MMXM3)
confirmou nesta manhã a ocorrência das condições previstas no edital
para a realização da OPAde ações da PortX e o consequente leilão, às
15 horas (horário de Brasília) desta sexta. Segundo publicado no
edital, a oferta dependia de que as declarações e garantias prestadas
pela PortX no contrato firmado em 30 de setembro de 2010 com a
Centennial Asset, Eike Batista, LLX Logística e SK Networks fossem
precisas e verdadeiras. Deste modo, as ações da MMX, da LLX e da PortX
figuram entre as maiores desvalorizações do Ibovespa nesta sessão.

Mercados externos
Os principais índices acionários dos EUA recuam nesta sexta, dia
escasso em indicadores relevantes, mas com resultados corporativos de
peso. O foco permanece nas small caps, em função do noticiário
corporativo, a exemplo do que já ocorria no pré-market. Os papéis da
rede social LinkedIn seguem de vento em popa com alta de 8,75%, depois
de fecharem seu primeiro dia de negociação em Nova York com alta de
mais de 100%.

Na Europa, o dia também é de queda para os principais índices
acionárias. O mercado tem como uma das principais referências as
possíveis escolhas para a direção-geral do FMI. Sobre o assunto, ganha
cada vez mais força o nome da ministra de Finanças da França,
Christine Lagarde, que agora conta com o apoio de líderes de peso como
a chanceler alemã Angela Merkel. A escolha se dá em um momento
delicado para o mercado europeu, que se vê em meio à recorrente crise
fiscal nas economias periféricas da Zona do Euro, especialmente os
PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha).

Os principais índices acionários da Ásia apresentaram ligeira queda na
sessão encerrada nesta sexta. No Japão, o movimento foi influenciado
pela decisão do BoJ (Bank of Japan) em manter as medidas de política
monetária. A taxa básica de juro do país ficou entre 0,0% e 0,1%. Na
China, as discussões sobre a inflação permanecem em foco.

Por aqui, a agenda trouxe o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo), que marcou queda no ritmo inflacionário com taxa de
0,70% em maio, 0,07 ponto percentual menor que a registrada no mês
anterior, segundo dados publicados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística).

Juros e câmbio
O resultado do IPCA impactou nos mercados de juros futuros e câmbio.
Em relação ao primeiro, os principais contratos da BM&F Bovespa
registram taxas, com os investidores repercutindo o resultado da
inflação. Para analistas, mesmo com a queda dos preços, a perspectiva
de elevação do juro básico continua. O contrato de juros de maior
liquidez nesta sessão, com vencimento em janeiro de 2013, aponta uma
taxa de 12,52%, taxa estável em relação ao fechamento de quinta-feira.
O número de contratos negociados chega a 143.455.

Já o dólar comercial registra trajetória positiva, cotado a R$ 1,6200
na venda, alta de 0,19%. Com a variação desta sexta, a moeda
norte-americana registra alta de 2,99% neste mês de maio, porém uma
desvalorização de 2,77% desde o início do ano.

Fonte: InfoMoney

Nenhum comentário: