Índices de ações europeus em alta, novamente apoiados em commodities

SÃO PAULO - Os principais índices de ações da Europa registram alta
nesta terça-feira (24), impulsionados mais uma vez pelas ações do
setor de commodities e com destaque para o setor financeiro. As
preocupações com a crise fiscal e a capacidade dos países da região de
saldarem suas dívidas também continua no foco do mercado.

Em Londres, o setor de mineração lidera os ganhos neste pregão, com as
ações impulsionadas pela valorização na cotação de algumas commodities
metálicas. As ações da Rio Tinto registram alta de 1,86%, e são
seguidas pelos papéis da Anglo American, que avançam 2,05%, da
Fresnillo, com alta de 2,82%, e da Xstrata, com alta de 2,17%.

Outro destaque deste pregão fica por conta das companhias do setor
petrolífero. Ainda em Londres, os papéis da Shell registram
valorização de 1,26% e são acompanhados pelas ações da BP, com alta de
0,56%. Em Milão, as ações da Eni sobem 1,05%.

Bancos em queda
Os bancos também são focos no mercado europeu nesta terça-feira. A
agência de classificação de risco Moody's colocou em revisão para um
possível rebaixamento a classificação de 14 instituições inglesas por
conta de uma menor disposição das autoridades em auxiliar instituições
com problemas no futuro.

Desta forma, no pregão londrino as ações dos bancos figuram como
destaque negativo e os papéis do Barclays registram desvalorização de
1,30% e os do Lloyds, queda de 1,25%. Em Frankfurt, as ações do
Deutsche Bank caem 0,97%, e as do Commerzbank, 19,89%, após esta
última instituição ter anunciado uma emissão de 2,44 bilhões de ações
para pagar auxílios fornecidos pelo governo alemão.

Crise
No âmbito econômico, o destaque segue por conta da crise fiscal, com a
percepção de risco que o mercado associa a dívida de determinados
países em expressiva alta. Nesta terça-feira, o juro da dívida
portuguesa com prazo de 10 anos registra valorização de 6,8 pontos
percentuais, atingindo 9,718% ao ano.

Ao mesmo tempo, os contratos de CDS (Credit Default Swap) para a
dívida grega atingem patamar recorde, a 1.440 pontos-base. Esse tipo
de contrato protege os investidores de calote, e mostram que o custo
para assegurar US$ 10 milhões da dívida grega por cinco anos é de US$
1,44 milhões por ano.

Todavia, o índice de ações PSI 20, da bolsa de Lisboa, registra alta
de 0,23%, e na bolsa de Atenas, o índice de ações Athex tem alta de
1,56%.

Fonte: InfoMoney