principais índices acionários do mundo, mesmo com dados que mostraram
desaceleração da inflação no Brasil. Os investidores são influenciados
por novas notícias sobre a crise fiscal na Europa e pela expectativa
de redução no ritmo de crescimento da economia chinesa.
No mercado interno, o boletim Focus mostrou nesta segunda que as
expectativas para a inflação em 2011 caíram, após uma sequência de
altas que levou o número próximo ao teto da meta – de 6,50%. Agora, a
projeção é de 6,27%, frente aos 6,31% da semana anterior. Além disso,
o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) marcou uma
desaceleração de 0,13 ponto percentual na passagem semanal, com uma
alta nos preços de 0,96% na terceira semana de maio. Ainda no país, a
balança comercial registrou superavit de US$ 2,746 bilhões nas três
primeiras semanas deste mês.
O plano internacional é marcado pelos indícios de desaceleração
econômica na China, após o HSBC divulgar uma queda no PMI (Purchasing
Managers Index), que passou de 51,8 pontos em abril para 51,1 pontos
em maio. Desta forma, as bolsas asiáticas fecharam o pregão desta
segunda em queda.
Na Europa, a crise fiscal continua em foco, após a Standard & Poor's
indicar um viés negativo para o rating da Itália, que anteriormente
era avaliado em estável. Ainda no velho continente, o
primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, discute com ministros
nesta segunda-feiras novas medidas de austeridade para reduzir o
deficit do país, em uma tentativa de consolidar as contas públicas e
cumprir as metas estipuladas em razão da concessão para ajuda
financeira. Se aprovado, este pode ser o quinto pacote de medidas
desde que Atenas recebeu a ajuda de € 110 bilhões da União Europeia e
do FMI (Fundo Monetário Internacional).
Petrobras
As ações da Petrobras (PETR3, R$ 26,47, -1,96%; PETR4, R$ 23,52,
-1,96%) operam em queda, depois de a empresa ter revelado uma queda na
produção de petróleo e gás natural em abril, passando de 2,61 milhões
de barris de óleo equivalente por dia em março para 2,56 milhões em
abril. Somente no Brasil, a produção média caiu cerca de 1,3% na base
mensal, graças às paradas programadas para manutenção de plataformas
da Bacia de Campos. A expectativa pelo anúncio da revisão do plano de
investimentos da petrolífera mantém as ações da empresa em foco nesta
segunda.
Sabesp
Na contramão, as ações da Sabesp (SBSP3, R$ 48,63, 1,31%) são destaque
de alta nesta sessão, pelo terceiro pregão consecutivo a maior do
Ibovespa, como consequência da 2ª proposta de revisão tarifária
anunciada na última semana. Em nota técnica, a Arsesp (Agência
Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo) disse que
pretende aplicar um WACC (Custo Médio Ponderado do Capital) nominal de
8,06% na revisão tarifária da companhia, prevista para agosto de 2012.
BR Properties
As ações da BR Properties (BRPR3, R$ 16,52, -4,95%) registram forte
queda após a empresa revelar na manhã desta segunda a intenção de
realizar uma oferta pública primária de papéis ordinários, com a
exclusão do direito de preferência para os atuais acionistas da
companhia.
MMX
A MMX (MMXM3, R$ 8,83, -2,65%) também cai, depois que confirmou na
sexta a aquisição da PortX (PRTX3, R$ 3,13, -0,32%), após o leilão da
OPA (oferta pública de permuta para aquisição de ações), no qual foi
adquirido um montante equivalente a 92,28% do capital social da
empresa. "A aquisição do Superporto Sudeste é um marco na história da
MMX. Hoje, com a conclusão da OPA, nos consolidamos como uma
mineradora integrada com um porto que aumenta a competitividade de
nossa operação e permite maior acesso ao mercado transoceânico",
declarou o presidente da MMX, Roger Downey.
JBS
A JBS (JBSS3, R$ 5,04, -2,14%) cai fortemente após informar que captou
US$ 650 milhões com a oferta de títulos de dívida. O valor corresponde
a um cupom de 7,25% com vencimento em 10 anos. A operação é resultado
do processo de balanceamento da dívida anunciado recentemente. De
acordo com comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários),
a Companhia optou por não emitir a segunda tranche que estava prevista
devido às condições de preço e mercado.
TIM
Enquanto isso, a TIM (TCSL3, R$ 8,75, 0,00%, TCSL4, R$ 7,59, -0,26%)
revela volatilidade na sessão. A empresa comunicou aos seus acionistas
que a assembleia geral extraordinária para a votação do ingresso das
ações da companhia no Novo Mercado da BM&F Bovespa está marcada para o
dia 22 de junho. Se aprovada, todas as ações preferenciais serão
convertidas em ordinárias, de forma que cada acionista receberá 0,8406
ação TCSL3 para cada papel TCSL4 que ele tiver, explica a companhia.
Pão de Açúcar
As ações do Pão de Açúcar (PCAR3, R$ 74,48, 0,00%, PCAR4, R$ 66,73,
-0,10%) apresentam volatilidade no pregão. A notícia do dia que
envolve a companhia é de que a unidade brasileira do Carrefour estuda
a possibilidade de se fundir com o grupo. As razões que estariam por
trás do interesse da matriz francesa nessa operação seriam as
dificuldades que a filial brasileira vem enfrentando recentemente,
inclusive com fraudes contábeis, e também um incremento no valor dos
seus ativos.
Copersucar
Os investidores brasileiros terão mais uma ação para investir no setor
de açúcar e etanol, uma vez que a CVM (Comissão de Valores
Mobiliários) publicou em seu site que está analisando o IPO (Initial
Public Offering) da Copersucar, a qual pretende realizar uma oferta
primária e secundária de ações ordinárias. Os recursos serão
utilizados para melhorar a gestão de capital e aumentar o capital de
giro em função do crescimento do volume a ser comercializado, destaca
o prospecto.
Fonte: InfoMoney
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