19/05/2011

Veja 10 perguntas que o investidor deve fazer antes começar a investir em ações

Com as recentes quedas do mercado acionário brasileiro e as incertezas
sobre os rumos da Bolsa, os especialistas recomendam que os
investidores planejem cada vez mais a entrada nas aplicações que
envolvem renda variável.

Assim, antes de decidir pela compra de ações de determinada empresa, é
importante fazer alguns questionamentos e entender quais são os riscos
inerentes à operação. Para ajudar os iniciantes neste mercado, o
especilista do MoneyFit, André Massaro, listou 10 perguntas que o
investidor deve fazer antes de entrar no mercado de ações:

1- Eu já sei o que é o mercado de renda variável?
Em primeiro lugar, se você não sabe a diferença entre renda fixa e
renda variável, provavelmente não está preparado para entrar no
mercado de ações, na opinião de Massaro. Ele lembra que, por se tratar
de renda variável, o preço das ações pode variar, tanto positiva
quanto negativamente. "É possível ganhar ou perder nesse mercado e é
importante o investidor ter consciência disso", pontua.

2- Preciso de algum tipo de ajuda para tomar decisões de investimentos?
Para Massaro, essa é uma pergunta que o investidor deve se responder
com muita sinceridade. Se a resposta for "sim", é importante que ele
recorra apenas a profissionais certificados e autorizados pela CVM
para emitir opiniões. "Fuja das 'dicas quentes' e dos espertalhões de
plantão como se estivesse fugindo da própria morte", aconselha.

3- Qual é o meu perfil de investidor?
De acordo com o especialista do MoneyFit, uma das chaves para o
sucesso nos investimentos é o autoconhecimento. "Saber qual é seu
perfil de investidor (medroso, conservador, moderado, agressivo ou
"maluco") é fundamental para definir qual a abordagem correta e a
estratégia de investimentos mais adequada", afirma.

4- Eu tenho dinheiro suficiente?
Massaro lembra que, atualmente, a bolsa de valores está muito mais
acessível ao pequeno investidor do que em outras épocas, mas, ainda
assim, para investir de forma segura e vantajosa, é preciso uma
determinada quantia de dinheiro. "Quem não tem recursos para compor
uma carteira minimamente diversificada e balanceada deve optar pelos
fundos ou clubes de investimento", ressalta.

5- Sozinho ou em grupo?
A decisão de entrar na bolsa diretamente ou por meio de um fundo ou
clube de investimentos não é determinada apenas pela quantidade de
dinheiro disponível para investir, segundo ele. Muitas vezes o
investidor pode ficar mais à vontade deixando seus recursos nas mãos
de um gestor profissional, associado a uma instituição financeira, que
vai administrá-lo juntamente com o dinheiro de outros investidores.
Investidores mais abastados podem, inclusive, contratar os serviços de
um gestor exclusivo.

6- Eu tenho algum plano de curto prazo para o dinheiro que vou investir?
"Se a resposta for 'sim', faça um favor a si mesmo e esqueça as
ações", aconselha Massaro. Nestes casos, ele recomenda um investimento
"seguro, estável e de alta liquidez", como títulos públicos de renda
fixa.

"Apenas coloque em ações aquele dinheiro que não vai precisar tão
cedo, assim não correrá o risco de ser obrigado a se desfazer de suas
ações em um período de baixa, tendo que realizar prejuízos", diz.

7- Já defini com qual corretora vou operar?
Transações com ações em bolsa são, necessariamente, conduzidas por
intermédio de uma corretora de valores. Caso não tenha uma conta em
uma corretora, é a primeira coisa a providenciar. Pesquise as
corretoras – existe grande variação de preços e níveis de serviço. Uma
lista completa das corretoras autorizadas a operar no mercado está
disponível no site da BM&FBovespa (www.bmfbovespa.com.br).

8- O que eu devo saber sobre uma empresa antes de comprar suas ações?
O especialista do MoneyFit lembra que o dinheiro que você está
colocando em risco é seu, então, é sempre bom ter um bom motivo para
fazê-lo. "Procure saber algo sobre a empresa da qual vai comprar
ações, como sua situação financeira, o mercado onde atua e seus
principais gestores. Se preferir (e tiver o conhecimento) poderá tomar
suas decisões baseado em análises de preços e gráficos, mas
certifique-se sempre de ter uma boa razão para comprar", recomenda.

9- Como é o tratamento fiscal?
Massaro lembra que o investimento em ações tem suas peculiaridades
fiscais. Os ganhos com ações devem ser declarados mensalmente.
"Existem alguns intervalos de isenção para vendas dentro de
determinado mês e alíquotas diferenciadas conforme o prazo das
operações. É importante que o investidor se informe adequadamente para
evitar problemas futuros com as autoridades fiscais", afirma.

10- O que eu faço se o mercado cair?
De acordo com Massaro, a não ser que você seja um profissional do
mercado ou pelo menos um investidor muito experiente e preparado, o
melhor a fazer numa situação assim é "nada". "Quedas fazem parte do
'jogo' e deve-se estar preparado para elas antes de começar", diz.
"Ficar angustiado com o comportamento das ações é algo
contraproducente e que frequentemente nos leva a tomar decisões
erradas. Mantenha a cabeça fria, não dê ouvidos às opiniões alheias e
siga sua estratégia até o fim", completa.

Fonte: InfoMoney

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