Bueiros explodem, mas Light investe R$360 milhões em energia dos ventos

Autor(es): agência o globo:Ramona Ordoñez

O Globo - 12/07/2011

Orientação de projeto é da Cemig, a maior controladora da empresa Em meio a constantes explosões em bueiros de sua rede subterrânea em diversos bairros do Rio de Janeiro, colocando em risco a população nas ruas da cidade, a Light anunciou que vai investir R$360 milhões para participar do capital da Renova Energia, empresa de fontes renováveis, como Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e projetos de energia eólica. O anúncio confirmando a operação foi feito na noite da última sexta-feira em fato relevante. A estratégia de participar de projetos de fontes renováveis de energia faz parte das diretrizes do grupo de controle da Light, que tem como maior acionista a Cemig, estatal mineira de geração e distribuição de energia. A Cemig, que na semana passada aumentou sua participação no capital total da Light, de 26% para 32%, admitiu ontem que a distribuidora carioca terá que captar recursos no mercado para fazer o aporte na Renova Energia. A distribuidora deverá fazer uma emissão para financiar a operação. Pelos termos da operação anunciada na última sexta-feira, com o aporte de R$360 milhões, a Light passará a fazer parte do bloco de controle da Renova, juntamente com a RR Participações, que vai deter 36,3% da companhia após a conclusão do negócio. Empresa tem investimentos de R$1,2 bilhão Atualmente, a Renova tem 42 megawatts (MW) em PCHs já em operação, além de 456 MW de energia dos ventos em fase de construção em 20 parques eólicos, para entrada em operação entre 2012 e 2013. A previsão de investimentos na construção de vários parques eólicos na Região Nordeste é de R$1,2 bilhão até 2013. No ano passado a Light investiu R$700,2 milhões, 24,3% a mais que os R$563,8 milhões do ano anterior. Do total de recursos investidos em 2010, 11,8%, ou seja, R$82,8 milhões, foram investidos na melhoria da qualidade dos serviços prestados pela distribuidora. A Cemig na semana passada também anunciou ter aumentado sua participação no controle da distribuidora carioca, passando de 26% para 32%. A estatal mineira comprou por R$515,9 milhões os 76% do capital que dois fundos de investimentos estrangeiros detinham na Luce, que, por sua vez, tem 13% do capital votante da Light. A expectativa do mercado é que a Braslight, que tem os outros 25% do capital da Luce, também venda suas ações para a Cemig, que passaria a deter um total de 32,6% do capital total da Light.

 

Fonte: Um Investimentos