Autor(es): agência o globo:Martha Beck Paulo Justus |
O Globo - 12/07/2011 |
Ao suspender marca Perdigão, empresa espera obter sinal verde para fusão BRASÍLIA e SÃO PAULO. O plenário do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) deve apreciar amanhã uma proposta de termo de compromisso de desempenho (TCD) costurada com Sadia e Perdigão para viabilizar a fusão das duas. As empresas estão dispostas a suspender temporariamente a marca Perdigão em alguns mercados mais concentrados e também a vender parte de seus ativos, como fábricas e centros de distribuição. O acordo foi aprovado no último sábado em reunião do Conselho de Administração da BRF-Brasil Foods, empresa resultante da fusão. Representantes da BRF e do Cade passaram o dia ontem reunidos para fechar os detalhes do TCD, que, se aceito pelo plenário, significa, na prática, uma aprovação da fusão com restrições. A vantagem do termo é que ele evita uma judicialização do caso, como ocorreu na compra da Garoto pela Nestlé. Entre os detalhes está o tempo de suspensão da marca e para quais produtos. Segundo fontes que acompanham a operação, o prazo seria de até cinco anos. Outro ponto é quanto dos ativos as empresas estariam dispostas a alienar. Uma fonte da empresa diz que a expectativa é que o acordo deve ser aprovado. Especialistas, porém, ressaltam que a proposta vai contra o voto já declarado pelo conselheiro do Cade Carlos Ragazzo. - Caso essa medida seja aprovada será inócua, porque vai fazer um negócio limitado. A única saída é ter uma venda de ativos que forme uma empresa capaz de competir no mercado, desde a cadeia de produção - disse o professor de concorrência e regulação da Fundação Getulio Vargas (FGV-SP) e ex-conselheiro do Cade Arthur Barrionuevo. Um advogado que acompanha as negociações lembrou o caso Kolynos-Colgate, em que a pasta de dentes Kolynos foi substituída pela Sorriso. A marca Sadia poderia facilmente ocupar o espaço da Perdigão no mercado. |
Fonte: Um Investimentos
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