21/07/2011

Direto ao ponto: agenda dos EUA e Europa pode definir desempenho do Ibovespa

SÃO PAULO - A exemplo da sessão da véspera, quando as atenções dos
investidores se mantiveram nos noticiários sobre a economia
norte-americana, a sessão desta quinta-feira (21) também deve manter o
mercado externo em foco, trazendo, ainda, uma agenda repleta de
indicadores econômicos importantes nos EUA e Europa.

Parte da preocupação do mercado se deveu à demora para a decisão sobre
o teto da dívida nos EUA, além do indicador de venda de imóveis usados
pior que o esperado por analistas.

Segundo Pedro Marques da Costa, analista da TOV, apesar de ter
fechado a última sessão em leve alta de 0,06%, a 59.119 pontos,
enquanto os índices norte-americanos registraram quedas, o Ibovespa
não apresentou um descolamento do cenário externo. "O Ibovespa fechou
com leve alta, porém, as bolsas dos EUA também encerraram com leves
perdas, com o Dow Jones fechando negativo a 0,12%, o que demonstra que
índice acompanhou o mercado externo", disse.

Já nesta sessão, os investidores devem permanecer atentos aos
importantes indicadores nos Estados Unidos, com destaque para os dados
sobre o mercado de trabalho e sondagem industrial na Filadélfia. Na
Zona do Euro, o grande destaque fica por conta das transações
correntes, que serão divulgadas pela Eurostat. "O resultado desses
indicadores são reflexos do atual cenário econômico nos Estados Unidos
e na Europa e vão dar certo ânimo ou trazer mais pessimismo para esta
sessão", afirma Costa.

Decisão nos EUA traz alívio, mas não salva desempenho da bolsa
O presidente dos EUA, Barack Obama e os líderes do Congresso tentam
fechar um acordo para elevar o limite máximo da dívida externa
norte-americana, a fim de evitar um default, uma vez que a data máxima
para aprovação de um novo patamar – 2 de agosto – se aproxima.

Na opinião do analista, esta decisão pode ser concluída ainda nesta
sessão, com o possível aumento do teto da dívida no país, o que trará
certo alívio para os mercados no curto prazo.

Contudo, Costa alerta que a recente queda do dólar ainda manterá o
cenário nebuloso no front doméstico. "O dólar muito baixo está
prejudicando o desempenho das empresas brasileiras, o que reduz as
nossas projeções, causando a diminuição das receitas", pondera.

Decisão do Copom ja foi precificada
O aumento de 0,25 ponto percentual na taxa de juros pelo Copom (Comitê
de Política Monetária), anunciado após o fechamento do último pregão,
não deve trazer grandes reflexos para o mercado nesta sessão. "O
resultado já havia sido absorvido pelo mercado e não deve influenciar
o mercado nacional nesta quinta", completou Costa.

Fonte: InfoMoney

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