Carrefour, o presidente do grupo francês Casino, Jean-Charles Naouri,
afirmou que, em 1999, quando entrou como sócio da empresa, o grupo
brasileiro era um "negócio medíocre".
O Casino, sócio do Pão de Açúcar no Brasil e rival do Carrefour na
França, é contra a fusão pois, com ela, perderia o direito de assumir
o controle do grupo brasileiro no ano que vem, o que está previsto em
contrato.
"Considero que fiz muito bem em investir em 1999, quando o Brasil
ainda não era o que é hoje em dia e o Grupo Pão de Açúcar era um
negócio medíocre, que saía de uma quase falência", disse Naouri em
entrevista publicada quarta-feira (6) pelo jornal "O Estado de S.
Paulo".
Segundo reportagem da "Folha de S.Paulo", Naouri afirmou que o
presidente do conselho do Pão de Açúcar, Abilio Diniz, pressiona há
dois anos o Casino para revisar os termos do acordo.
Ainda de acordo com o jornal, Diniz nega que tenha procurado Naouri
para se manter no controle do Pão de Açúcar.
Diniz diz que pode convencer Casino
Diniz defendeu o movimento para unir as operações do Pão de Açúcar às
do Carrefour no Brasil e disse que buscará convencer o grupo francês
Casino a apoiar o negócio.
O empresário brasileiro afirmou ao jornal francês Le Figaro em
entrevista publicada quarta-feira que não violou o acordo de
acionistas que possui com o Casino e que tem o direito de manter
negociações com quem ele quiser.
"É um projeto em que todos saem ganhando, os acionistas brasileiros do
Pão de Açúcar, os dos Carrefour e os do Casino", disse Diniz.
"O potencial de crescimento do Casino na França é limitado, enquanto o
Brasil é muito significativo. Tenho muita admiração pelo Carrefour, o
que me motivou para o Pão de Açúcar".
(Com informações da Reuters)
Fonte: Uol
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