27/10/2011

HSBC coloca financeira Losango à venda, diz jornal

Segundo O Estado de S. Paulo, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Itaú Unibanco estão interessados na compra

 

Losango: líder no crédito direto ao consumidor, com uma carteira de aproximadamente 3 bilhões de reais em financiamento

São Paulo – O HSBC está negociando a venda da financeira Losango, segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. O processo está sendo conduzido pelo banco de investimento JP Morgan há 40 dias e já chamou a atenção de Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Itaú Unibanco, que já avaliaram ou estão estudando a situação da financeira.

Oficialmente, Bradesco, Santander, BB e Itaú Unibanco não comentam o assunto. Procurados pela reportagem, o HSBC afirmou que "não comenta rumores" e o JP Morgan não respondeu. “Estamos todos olhando, alguns com mais interesse, outros com menos”, afirmou o vice-presidente de um desses bancos ao jornal. “Olhamos, mas ainda não sabemos o que vamos fazer”, disse o vice-presidente de outro banco.

Com 21% do mercado, a Losango é líder no crédito direto ao consumidor, com uma carteira de aproximadamente 3 bilhões de reais em financiamento. A empresa também é forte nos cartões de lojas, por meio de parcerias com cerca de 20 grandes redes varejistas, como a Máquina de Vendas - além de 21.000 pequenos lojistas de todo país.

Apesar dos bons números, o HSBC decidiu colocar a financeira à venda por estar fora de sua estratégia. O sexto maior banco do país quer abandonar o varejo popular e focar na briga pela conta de empresas e pelo cliente de alta renda, sua maior especialidade. Segundo a reportagem, o HSBC já tinha colocado à venda uma pequena carteira de financiamento de carros para pessoas que não são correntistas, que até agora ninguém quis comprar.

A venda faz parte da estratégia do banco de abandonar países onde não tem escala para brigar pela liderança de mercado – o que acontece com o varejo. Além disso, a venda desses ativos tem a intenção de cortar custos e melhorar a lucratividade. O presidente mundial do HSBC, Stuart Gulliver, no cargo desde janeiro, pretende fazer uma economia de 3,5 bilhões de dólares.

 

 

 

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