26/10/2011

Decisão sobre formação de novo comitê avaliador na Inepar Energia é adiada

Por Natalia Viri | De São Paulo

A assembleia para ratificação do novo comitê independente que avaliará a incorporação da Inepar Energia pela controladora Inepar Indústria e Construções, que seria realizada na segunda-feira, não ocorreu por falta de quórum. De acordo com Dionísio Leles, diretor de relações com investidores de ambas as companhias, uma nova assembleia será convocada para o dia 3 de novembro.

Para a aprovação do novo comitê, era necessária a presença de dois terços dos acionistas com direito a voto. A assembleia, contudo, contou somente com a participação da controladora, que detém 60% dos papéis ordinários (ON). A BNDESPar é o segundo maior acionista votante, com 13,3% das ações ON, enquanto os 26,7% restantes estão nas mãos de minoritários.

Segundo Leles, a falta de quórum já era esperada e não deve atrasar a operação, que, de acordo com o cronograma da companhia, sairá até o fim do ano. "Na segunda convocação, precisamos apenas de maioria simples. Até o fim da próxima semana isso deve estar liquidado."

A incorporação tem como objetivo a venda da participação de 16% que a subsidiária detém nas Centrais Elétricas Matogrossenses (Cemat), seu último ativo operacional, avaliado em R$ 203 milhões. Esse valor será utilizado para quitar parte de uma dívida de R$ 600 milhões com o BNDES.

A incorporação, que seria alvo de deliberação por parte dos acionistas no dia 5 deste mês, foi interrompida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Dois dos três membros que formavam o comitê de avaliação da controlada prestaram serviços à Inepar Indústria e Construções ou a sua controladora, a Inepar Administrações e Participações (IAP), nos últimos anos, contrariando o Parecer de Orientação nº 35 da autarquia, que rege os deveres dos administradores nos casos de incorporação de companhias subsidiárias por parte das controladoras.

No novo comitê proposto pelo conselho de administração da Inepar Energia foi mantido o nome do economista Ciro Mauro de Carvalho Giannini e, em substituição aos consultores Willian Peixoto Coura e Silmar Marques Palumbo - alvo dos questionamentos da CVM -, foram incluídos os contadores Alberto Studart Maia e Bruno Oshiro.

 

 

 

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