19/05/2011

Direto ao ponto: expectativas por medidas de contenção do câmbio voltam ao noticiário

Após operar em alta por boa parte da sessão da última quarta-feira
(18), o Ibovespa voltou ao campo negativo na última hora de
negociações, fechando em baixa de 1,31%, aos 62.840 pontos. A mudança
de tendência ganhou força após a divulgação da ata da última reunião
do Fomc (Federal Open Market Committee), indicando discordância em
relação a qual será o momento mais apropriado para que o Federal
Reserve dê início ao ciclo de aperto monetário no país.

Para o economista da Interbolsa, Julio Hegedus Netto, a ata foi clara
em relação à necessidade de não precipitar a alta de juros e ao
indicar a letargia da recuperação da economia norte-americana. Em
relação ao desempenho da bolsa brasileira, no entanto, ele avalia que
os dados do saldo cambial e o IBC-Br foram mais significativos ao
definir a tendência do pregão.

O temor de que o governo adote novas medidas para a contenção cambial
volta à pauta no curto prazo, diz Hegedus. A expectativa justificaria
a forte queda do setor bancário no último pregão, quando os papéis da
maior parte do setor registrou baixas superiores a 2%.

Agenda continua voltada aos EUA
Por aqui, os dados da confiança do empresariado da indústria,
divulgados pela CNI, ganha pouco espaço nesta quinta-feira (19). A
agenda norte-americana continua concentrando as atenções, com dados do
mercado de trabalho e do setor imobiliário.

"O mais importante é que a economia dos Estados Unidos ainda está de
lado e isso valoriza ainda mais a nossa moeda. A volatilidade continua
a palavra de ordem", diz o economista da Interbolsa.

Fonte: InfoMoney

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