Petrobras (PETR4) de R$ 41,00 para R$ 30,20. "Fizemos um ajuste para
baixo no dispêndio de capital, mas exigimos um prêmio de risco 1%
maior neste momento", explicou em relatório o analista Henrique Ribas.
A queda de 26,3% no preço-alvo pode assustar à primeira vista, porém
vale lembrar que o valor anterior estava bastante desatualizado,
conforme explica a própria equipe da corretora. Além disso, o papel
agora encontra-se sob responsabilidade de um novo analista.
Plano de investimentos será reduzido?
Ribas afirma que o risco crescente é atribuído a fatores como a
expectativa de que a petrolífera reduza seu plano de investimentos -
estimado para US$ 224 bilhões ao final de 2014 -, o que por outro lado
reduz as preocupações sobre a alavancagem da companhia, que poderia
resultar em um novo aumento de capital.
Dessa forma, o atraso do conselho em analisar o plano de negócios para
o período, pode ser uma consequência da necessidade de reduzir o
montante destinado aos projetos, afirma o analista da Planner.
Preço do petróleo ainda preocupa
Ribas também ressalta a questão envolvendo a política de preços
adotada pela Petrobras, baseada em não repassar as oscilações do preço
do petróleo no mercado internacional para os seus produtos
comercializados no mercadodoméstico. "Na nossa avalição, continua
sendo uma fonte de preocupação o fato da empresa ter dificuldade de
repassar os preços do petróleo no mercado internacional, impactando
diretamente a geração de caixa, que consideramos baixa para o volume
de investimentos projetado", avalia.
Isto, aliado ao aumento lento de produção, apenas serve como
ingrediente a mais para elevar a percepção de risco sobre a estatal,
conclui o analista.
Recomendação de compra
Apesar da redução do preço-alvo, que agora proporciona às ações
potencial teórico de valorização de 26,15% - tendo em base o
fechamento da última segunda-feira (16), os papéis PN da Petrobras
seguem com recomendação de compra.
Fonte: InfoMoney
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