21/07/2011

Brasil pode resistir a crise na Europa e EUA, diz Mantega

BRASÍLIA - O Brasil tem boas condições de enfrentar efeitos
colaterais, tanto em relação à questão de aumento do endividamento
americano, quanto das dificuldades de economias europeias. O recado é
do ministro da Fazenda, Guido Mantega, procurando dirimir as tensões
dos últimos dias no mercado doméstico.

"O Brasil é um dos países que tem melhor capacidade de enfrentar
qualquer consequência dessas duas situações. E não acho que haverá
agravamento", afirmou ele.

Mantega também disse que o ingresso líquido de US$ 10,1 bilhões na
semana passada foi, diretamente, influenciado pelo aumento de
compulsório dos bancos sobre suas posições de câmbio, pelo Banco
Central.

Segundo o ministro, o fluxo cambial "está contido, está regular".
"Tanto é verdade que não há alterações na cotação do câmbio",
comentou.

Parlamentares e governo dos Estados Unidos devem entrar em
entendimento, nos próximos dias, sobre o aumento de endividamento
americano, que em maio chegou ao limite de US$ 14,3 trilhões e precisa
ser ampliado até o próximo dia 2 de agosto.

"Não haverá rebaixamento do governo nem nada disso. É inevitável que o
congresso acabe dando" a autorização para aumento de gastos. "Senão,
eles vão engessar o governo de Barack Obama. Acredito numa solução.
Duvido que isso venha a acontecer. Isso não vai ter efeito no Brasil",
afirmou.

Em rápido comentário ao deixar seu gabinete para uma audiência com a
presidente, Dilma Rousseff, Mantega também falou sobre a situação na
Europa.

"Do ponto de vista europeu, lá o buraco é um pouco mais embaixo, um
pouco mais complicado, mas acredito que eles vão continuar
administrando essa situação até encontrar uma solução de fato para a
Grécia e países adjacentes", afirmou Mantega.

(Azelma Rodrigues | Valor)

Fonte: Uol

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