13/07/2011

Cade aprova fusão, mas Perdigão e Batavo terão restrições

A Brasil Foods firmou nesta quarta-feira com o Cade (Conselho
Administrativo de Defesa Econômica) um termo em que se comprometeu a
vender ativos como fábricas e abatedouros e a suspender a venda de
diversos produtos Perdigão e Batavo por um prazo de até cinco anos.

A assinatura do termo foi a exigência feita pelo Cade para aprovar a
fusão entre a Perdigão e a Sadia, que deu origem à BRF.

Os ativos que serão vendidos representam 80% da capacidade produtiva
da Perdigão no mercado nacional e representam a produção de 730 mil
toneladas de processados por ano.

Pelo acordo, que só foi concluído às 11h de hoje, a marca Perdigão
será retirada por três anos de produtos como lombo congelado, pernil,
presunto e apresuntado e em quatro anos de salames. Pratos prontos
como lasanha perderão a marca por cinco anos, assim como almôndegas e
frios saudáveis.

No caso de salsicha e peru, os dois lados optaram por transferir parte
da concentração de mercado da BRF para uma terceira empresa, mas
manter a marca Perdigão. O Cade proibiu ainda a empresa de criar novas
marcas nesses mercados em que a Perdigão foi retirada.

Já produtos com a marca Batavo não poderão mais ser comercializados em
alimentos processados e carnes. A decisão foi tomada na última hora,
já que, anteriormente, o conselho pedia a venda dessa marca.

A BRF terá que vender ainda as marcas Rezende, Wilson, Escolha
Saudável, Confiança, Delicata e Doriana. A empresa repassará ainda a
concorrentes cadeias inteiras de produção, desde abatedouros até
fábricas e centros de distribuição, para garantir que o comprador
tenha escala para concorrer imediatamente com a BRF. As cadeias
deverão ser integradas geograficamente nos mesmos moldes à operação
hoje feita pela BRF.

Serão vendidas dez fábricas, quatro abatedouros, doze granjas, quatro
fábricas de ração e oito centros de distribuição.

Fonte: Folha.com

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