"declínio terminal", pelo menos fora da Venezuela, opina a revista
"Economist" em reportagem desta quinta-feira que traça comparações
entre a eficiência do chavismo e do lulismo.
"Em seu auge, cinco anos atrás, Chávez projetou sua 'revolução
bolivariana', uma poção que mistura socialismo autoritário e
populismo, como uma força continental. Não apenas Chávez usou o toque
popular de um comunicador nato, como também estava armado de um
aparente suprimento ilimitado de petróleo", diz o texto.
"Hoje, o resto da América do Sul desfruta de crescimento econômico
forte, mas a Venezuela está apenas emergindo de dois anos de recessão.
(...) O dinheiro do petróleo está em queda, e cortes de energia são
endêmicos. No que diz respeito a reduzir a pobreza, outros países
superaram a Venezuela. O exemplo mais notável é o do Brasil."
A "Economist" defende que políticas do ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva mesclaram "estabilidade econômica, investimentos privados e
programas sociais que se tornaram moda na região".
Como exemplo de êxito do "modelo lulista" em relação ao chavista a
revista cita o presidente eleito do Peru, Ollanta Humala, que, há
cinco anos, fazia campanha como um aliado de Chávez.
Porém, na campanha eleitoral vitoriosa deste ano, Humala tentou se
distanciar do presidente venezuelano e se aproximar do modelo
brasileiro.
A "Economist" ressalta, em contrapartida, que a abordagem lulista tem
"limites". "A escala e o escopo do governo brasileiro continuam a
crescer de formas que não necessariamente beneficiarão os mais pobres.
A política fiscal de Lula contribuiu para o superaquecimento da
economia."
A reportagem conclui que o modelo chavista pode manter sua base de
apoio na Venezuela, mas opina que "a onda da história latino-americana
se virou contra Chávez".
Fonte: Uol
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