22/07/2011

Vai investir em ações? Saiba como escolher a corretora da maneira certa

SÃO PAULO – A escolha da corretora de valores é um dos principais
pontos que o investidor deve se atentar antes de começar a investir em
ações. Por isso, para que seus investimentos em renda variável não se
tornem um problema, os especialistas recomendam alguns cuidados.

De acordo com o gerente-geral do INI (Instituto Nacional de
Investidores), Paulo Portinho, o primeiro ponto que o investidor deve
verificar é se aquela corretora está autorizada pela BM&FBovespa a
funcionar. "Isso você pode pesquisar pelo próprio site da Bolsa",
afirma Portinho.

A partir daí, ele ressalta que é importante identificar se a corretora
atende às suas necessidades, principalmente em relação aos serviços e
ao perfil de investidor que ela costuma atender.

"Geralmente, o investidor iniciante não tem necessidades tão
sofisticadas", diz. "Se este for o seu caso, você pode optar por
corretoras com serviços mais simples e que cobrem taxas mais
acessíveis, por exemplo", completa.

O professor da BM&FBovespa, José Alberto Netto Filho, concorda e
afirma que o preço mais baixo não quer dizer necessariamente que os
serviços da corretora não sejam bons.

"Existem corretoras que disponibilizam muito mais serviços e produtos
do que outras - chats, análises gráficas, e várias outras
ferramentas", diz. "Para isso, elas geralmente cobram um preço maior",
completa.
Presença física

Segundo o professor, a presença física da corretora na mesma cidade do
cliente não é um requisito obrigatório. "O investidor pode morar em
uma cidade do interior, ou longe dos grandes centros. A presença
física da corretora não é obrigatória, desde que o cliente tenha fácil
acesso pela internet e outros canais de atendimento", afirma Filho
Netto.

O gerente-geral do INI concorda. "A maioria dos investidores
iniciantes, principalmente aqueles com aportes menores, utilizam
ferramentas virtuais para realizar suas operações com ações", diz.

Ele lembra que, na hora do cadastro, o trânsito de documentos pode
ficar um pouco mais complexo, pela necessidade de uso dos Correios.
Mas, depois disso, raramente é necessário ir até o escritório da
corretora.

"Todo o processo costuma ocorrer em frente a um computador, via Home
Broker, Skype, MSN e outros instrumentos de comunicação de custo
baixíssimo para falar com a corretora, com os agentes autônomos, com
outros investidores e com analistas", afirma Portinho.
Clubes de investimento

O gerente do INI ressalta que, se a sua intenção for montar um clube
de investimento, a escolha da corretora pode ser muito mais
complicada. Isto porque a maioria das corretoras exigem um valor alto
para operar com os clubes.

Se você quiser montar um clube, sua vida dificulta muito. São
pouquíssimas as corretoras que aceitam valores pequenos para montar um
clube – e quando digo pequeno, falo de algo em torno de R$ 30 mil",
afirma Portinho.
Trocar de corretora

Em caso de insatisfação com a corretora, o professor da BM&FBovespa
lembra que o investidor pode procurar uma outra instituição que se
adeque melhor às suas necessidades. "Se o investidor estiver
insatisfeito, é só mudar de corretora, é bastante simples", diz.

Atualmente, para mudar de corretora é necessário fazer um novo
cadastro na outra instituição. Mas o presidente da BM&FBovespa, Edemir
Pinto, já sinalizou que isto deverá mudar em breve, com a criação de
um cadastro único entre as corretoras. Assim, o investidor poderá
mudar sem a necessidade de preenchimento de uma nova ficha.

Site da Bolsa

O professor da BM&FBovespa ressalta que o site "Quer Ser Sócio", da
própria Bolsa paulista, disponibiliza uma página para que o investidor
possa selecionar a corretora de maneira mais detalhada e com mais
chances de acertar na escolha.

"Você tem a chance de conhecer melhor a corretora, antes de tomar a
decisão de operar com ela", afirma Netto Filho.

Fonte: Uol

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