12/07/2011

Destaques Bovespa - 12/07/2011

Mercado local continuará sofrendo com o desenrolar da crise de déficit européia, que está prestes a fazer uma nova vítima a Itália. Além desses problemas na Europa, os mercados por aqui deverão também reagir aos dados divulgados na China, de que o nível de novos empréstimos cedidos subiu acima do projetado pelo mercado, abrindo mais espaço para novas medidas de aperto monetário na região. 

 

Brasil Foods – De acordo com os relatos dos principais jornais de hoje (12), a BR Foods, após as duras negociações com o Cade, deve realmente se desfazer de algumas marcas secundárias do seu portfólio como, por exemplo, Batavo e Rezende, além de também vender cadeias inteiras de produção (abatedouros, frigoríficos, fábricas e centros de distribuição) o que é uma das exigências do Cade. Além disso, os jornais afirmam que BR Foods deve suspender a venda de pizzas congeladas e pratos prontos da marca Perdigão, mercados onde a concentração da empresa é muito alta. Entretanto o prazo de suspensão ainda deve ser definido e pode se estender a outros segmentos. A notícia, caso de fato se concretize, é positiva para as ações da companhia, dada que, aparentemente, as sanções serão menores do que o esperado pelo mercado - aguardamos maiores informações quanto as negociações, dado que o julgamento esta marcado para amanhã (13). Gol Linhas Aéreas – Conforme a notícia veiculada ao jornal "Estado de São Paulo", Constantino de Oliveira Júnior, presidente da Gol, anunciou que irá eliminar a marca Webjet após a aquisição da companhia, já que ambas as empresas atendem a um público semelhante. Além disso, estimou as sinergias provenientes da fusão em R$ 100 milhões nos dois primeiros anos e descartou a possibilidade de demissões entre os 1,6 mil funcionários da Webjet. Por fim, afirmou que a frota de 24 aviões da Webjet, cujos contratos de leasing vencem em dois ou três anos, serão substituídos em até dois anos por aeronaves mais modernas. Contudo, o presidente destacou que a Gol será cautelosa na ampliação da frota. A notícia é positiva para as ações da companhia no médio / longo prazo.

Pão de Açúcar – Segundo notícia veiculada hoje (12) no jornal "Folha de São Paulo", Diniz busca saída honrosa para o impasse gerado pela proposta feita ao Carrefour, de fusão entre este e o Pão de Açúcar. A proposta foi feita sem o consentimento da varejista francesa Casino, sua sócia na holding Wilkes, que é a controladora do Grupo Pão de Açúcar desde 2005. Segundo o jornal, a proposta deteriorou o relacionamento entre os sócios, motivo pelo qual não há mais diálogo entre estes, o que levou Diniz a participar de uma reunião do conselho do Casino, da qual é sócio desde 1999. Além disso, a notícia comunica que o BNDES deve desistir do negócio após a forte repercussão negativa de sua participação na fusão, motivo pelo qual as empresas que desenharam o projeto, como a corretora Estáter e o banco BTG Pactual, estariam procurando investidores no exterior, segundo o "Wall Street Journal". A notícia é de cunho informativo - aguardamos maiores informações.

PDG – A incorporadora divulgou na última sexta-feira (11/07) seus dados pré-operacionais relativos ao segundo trimestre de 2011. De acordo com as informações, a PDG atingiu R$ 1, 824 bilhão em vendas contratadas, valor 17,2% superior ao mesmo período do ano anterior, e alcançou no primeiro semestre um total de vendas de R$ 3.528 Bilhões, volume 21,2% maior que o registrado no primeiro semestre de 2010. Já em relação aos lançamentos, a companhia registrou R$ 2,054 bilhão no 2T11, valor 13,9% maior que o 2T10, atingindo 40,12% de seu guidance para 2011. Consideramos a notícia positiva para os papéis da construtora, porém o relatório divulgado ainda carece sobre maiores detalhes em relação à rentabilidade dos projetos da companhia - os quais esperamos a divulgação no dia 15 de agosto, junto com seus resultados operacionais do 2T11.

Petrobrás – Segundo uma fonte do jornal "Estado de São Paulo", a PDVSA, empresa estatal de petróleo da Venezuela, contratou uma consultoria independente para avaliar os custos da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, orçada em US$ 14,4 Bilhões. De acordo com a última avaliação oficial em 2009, a obra foi avaliada em US$ 13,36 Bilhões, contra uma estimativa inicial de US$ 4,5 Bilhões em 2006, época em que a ocorreu a parceria entre PDVSA e Petrobrás na área de refino. Segundo o diretor de abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, a parceria previa um investimento conjunto das duas companhias na construção do projeto, porém até agosto desse ano a Petrobrás foi a única a investir na refinaria de Pernambuco com R$ 7,0 Bilhões, que atualmente se encontra 35% concluída, enquanto a PDVSA não destinou qualquer valor para a obra. A notícia é apenas de cunho informativo e provenientes de fontes extra-oficiais não devendo impactar nos preços das ações da Petrobrás.

Setor de Aviação – Segundo o jornal "O Estado de São Paulo", o Sindicato Nacional de Empresas Aeroviárias (SNEA) elevou as previsões de crescimento do segmento de transporte aéreo de 15% para 20% neste ano.  A expansão é cinco vezes maior que a estimativa do crescimento do Produto Interno Bruto para este ano, que é de aproximadamente 4%, extrapolando a relação histórica que tradicionalmente varia entre dois ou três vezes o crescimento econômico do país. Segundo especialistas, os motivos para o crescimento consistem na manutenção do baixo nível de desemprego e na queda dos preços das passagens, que em abril deste ano registrou a menor tarifa aérea média desde 2002, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). A notícia é marginalmente positiva para o setor.

Vale – De acordo com uma comunicado enviado ao jornal "Estado de São Paulo", a mineradora brasileira não apresentou uma contra-oferta pelos ativos da Metorex, empresa mineradora de cobre e cobalto no Congo, após a última proposta da chinesa Jinchuan ter superado em 20% o preço de compra da Vale. Com isso, os chineses venceram a disputa pela companhia e irão desembolsar US$ 1,3 Bilhão pela aquisição da empresa sul-africana em troca da expansão de seu acesso às minas de cobres de Chibuluma, localizada na Zâmbia, cuja uma produção estimada está em 16 mil toneladas anuais, e de outros projetos de cobre e cobalto na África. Somado a isso, a Vale divulgou ontem (11/07) por meio de um fato relevante que está investindo em um novo projeto em fase de estudo de viabilidade, denominado "Kalumines", situado na República do Congo, juntamente com a African RAINBOW Minerals (ARM), empresa parceira no projeto de exploração de cobre "Konkola North". A notícia é marginalmente positiva para os papéis da Vale, à medida que a mineradora seguiu a sua decisão, previamente comunicada, de não competir com os chineses na aquisição da Metorex e conjuntamente têm investido em novos projetos visando um crescimento orgânico para expandir sua produção e atuação no mercado de cobre.

Fonte: Um Investimentos

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