15/07/2011

Destaques Bovespa - 15/07/2011

Mercado local deverá seguir as bolsas mundiais, refletindo principalmente os dados norte americano que serão divulgados as 9h30 sobre índice de preços ao consumidor, atividade industrial e confiança do consumidor medido pela Universidade de Michigan. Foi divulgado agora a pouco o IGP-10 de julho, medido pela FGV, apontando uma inflação abaixo das expectativas (-0,12% contra um esperado de -0,09%). Especulações internas sobre possíveis aumentos nas taxações sobre derivativos para conter os movimentos no câmbio aumentam as pressões sobre o mercado local.  

Mercado local deverá seguir as bolsas mundiais, refletindo principalmente os dados norte americano que serão divulgados as 9h30 sobre índice de preços do produtor, vendas no varejo e pedidos de seguro desemprego. Especulações internas sobre possíveis aumentos nas taxações sobre derivativos para conter os movimentos no câmbio aumentam as pressões sobre o mercado local.  

 

BR Foods – De acordo com o relato dos principais jornais dessa sexta-feira (15), o conselheiro do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Ricardo Ruiz, o qual conduziu as negociações da fusão entre Sadia e Perdigão, afirmou que a venda de ativos imposta pelo Cade deve ser feita a uma única empresa, para que assim surja um vice-líder efetivo, da BR Foods. Vale lembrar, que o Cade impôs a alienação de ativos, que inclui 12 marcas populares, 10 fábricas, 4 abatedouros, 8 centros de distribuição, 4 fábricas de ração, 12 granjas de frangos e duas incubadoras de aves; que segundo o Cade, devem equivaler a uma produção de alimentos processados que totalizem 730 mil toneladas ano. Caso a empresa não cumpra as exigências do órgão antitruste, o Cade pode impor multas de até R$ 25 milhões por infração ou até mesmo reverter a operação. A notícia é de cunho informativo, porém pode trazer certa volatilidade ao preço das ações da companhia.

CETIP – Conforme a notícia vinculada ao jornal "Valor Econômico", a Intercontinental Exchange (ICE), plataforma internacional de negociação de ativos, comprou 12,5% da Cetip por US$ 512 milhões, ou R$ 25,50 por ação, tornando-se o maior acionista da principal companhia de derivativos de balcão do país e renda fixa. A gestora de fundos de private equity Advent vendeu toda sua participação na companhia, que somava 10% do total de ações, enquanto que o Itaú Unibanco se desfez de praticamente metade da sua participação, que era de 6% e foi para 3,5%. A notícia é parcialmente positiva para as ações da companhia e pode ter um ligeiro impacto negativo sobre os papéis da BM&Bovespa.

Gol Linhas Aéreas – Segundo o jornal "Valor Econômico", após a intervenção do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) na última quarta-feira sobre a compra da Webjet pela Gol,  a companhia líder em vôos nacionais se reuniu ontem (14) com o órgão antitruste, a fim de negociar a união das empresas. Durante o encontro, a Gol informou que não pretende mais eliminar a marca Webjet, mas utilizá-la para serviços relacionados ao turismo, como o desenvolvimento de um site de buscas de passagens e de ofertas de viagens, como o Decolar.com. Entretanto, o fim da Webjet na aviação não seria bom para a competição no setor aéreo, já que diminuiria a competitividade do setor e restariam poucas marcas de preços baixos, como a Azul. A notícia é de cunho informativo e não deve influenciar nos preços dos ativos.

Kroton Educacional – A companhia mineira de educação anunciou ontem (14/07) que adquiriu a "Faculdade Educacional de Ponta Grossa", instituto localizado no município de Ponta Grossa (PR) com aproximadamente 1500 alunos matriculados e capacidade de atender 2500 alunos. A operação totalizou R$ 8 milhões, sendo que 59% desse valor serão pagos à vista e o restante deverá ser parcelado em cinco anos. De acordo com a própria empresa, essa aquisição visa reforçar a atuação da companhia no estado de Paraná. A notícia é marginalmente positiva para os papéis da companhia.

MMX – De acordo com uma notícia vinculada ao jornal "Valor Econômico", a parceria entre MMX e a companhia de mineração "Minerinvest" acordada no dia (13/07), permitirá que a empresa do grupo EBX atinja a capacidade máxima de embarque de minério de ferro pelo porto Sudeste, atualmente limitada em 50 milhões de toneladas pela licença ambiental adquirida pela companhia. Somado a isso, o a contrato que deverá ser assinado até o final de 2011 com duração de 10 anos, prevê que a "Minerinvest" deverá escoar 5 milhões de toneladas da matéria-prima pelo porto Sudeste, a um preço de US$ 19,77 por tonelada e atualizadas com base na variação do preço da commodity a partir do 2T11. Além disso, a companhia também se comprometeu à venda de outras 5 milhões de toneladas de minério de ferro para a MMX , a um preço de US$ 64 por tonelada, que também poderão sofrer reajustes com base nos preços do mercado internacional. A notícia é positiva para as ações da MMX, à medida que o acordo prevê que as produções das 10 milhões de toneladas de minério de ferro serão realizadas integralmente pela "Mineinvest", cabendo à MMX a disponibilização do Porto Sudeste para o escoamento dos minérios extraídos pela "Mineinvest" e a compra de 5 milhões de toneladas da commodity previstos no acordo.

Santander – De acordo com o jornal "Valor Econômico", a subsidiária de seguros do Santander celebrou ontem (15) o contrato de compra e venda de ações com a seguradora Zurich, anunciado em fevereiro, com o objetivo de criar uma joint-venture no setor de seguros em cinco países: Brasil, Chile, México, Argentina e Uruguai. O valor da operação é de US$ 3,27 bilhões, dos quais US$ 1,67 bilhão será pago pela Zurich, que representa 51% da empresa, enquanto que o Santander manterá 49% de participação da holding. A notícia é marginalmente positiva para as ações da companhia no médio e no longo prazo.

Setor de Alimentos – Segundo notícia veiculada hoje (15) no jornal "Folha de São Paulo", o preço do leite deve subir de 5% a 10% aos consumi Apesar da elevação dos preços, os produtores afirmam que ainda não conseguiram recuperar os investimentos realizados, dado a maior pressão sobre as margens de rentabilidade. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV), os preços devem recuar entre novembro e dezembro com o aumento da produção das regiões Sudeste e Centro-Oeste. A notícia poderá ter impacto marginalmente negativo no preço das ações das companhias desse setor, devido à pressão nas margens e o aumento do payback.

Setor de Telecomunicações – O jornal "O Estado de São Paulo" noticiou uma possível mudança na metodologia no cálculo de reajuste das tarifas de telefonia fixa, que poderá reduzir os valores cobrados ou, pelo menos, diminuir futuros aumentos. A questão gira em torno do Fator X, que mede o lucro econômico das operadoras nos últimos 12 meses e o compartilha com a sociedade. Quanto maior este índice, menor o reajuste dos planos básicos de assinatura. A proposta da Anatel é substituir o cálculo do lucro do ano anterior por uma estimativa dos próximos 3 anos, além de dobrar o peso do fator X no reajuste. De acordo com o conselheiro da Anatel, Jarbas Valente, a tendência é que com o passar do tempo, as despesas das companhias do setor diminuam consideravelmente, já que não demandará novos investimentos, restando apenas despesas recorrentes de manutenção. Assim, o reajuste poderá até ser negativo, reduzindo o preço das tarifas. A notícia é parcialmente negativa para as companhias do setor no curto prazo, contudo, aguardamos um pronunciamento oficial da Anatel.

Usiminas – A companhia divulgou ontem (14/07) após o fechamento do mercado, que realizou um acordo com a "MBL Materiais Básicos" (MBL) visando o arrendamento das reservas de minério de ferro da companhia pelos próximos 30 anos, atualmente estimadas em 145 milhões de toneladas. Por meio da "Mineração Usiminas", formada pela joint venture entre a Usiminas e a Sumitomo, a siderúrgica pagará mensalmente US$ 7,50 por tonelada lavrada, atualizadas com um reajuste da variação do preço do minério no mercado internacional. Além desse acordo, a Usiminas também adquiriu por US$ 75 milhões, uma unidade de beneficiamento de minério de ferro e um estoque de 6 milhões de toneladas da commodity armazenadas pela MBL. Consideramos a notícia positiva para os papéis da Usiminas, à medida que avaliamos que o acordo divulgado pela siderúrgica representa um passo menos custoso para a companhia se comparada à uma aquisição, uma vez que por meio de um acordo de arrendamento a Usiminas pagará o direito de exploração das reservas da MBL com parte do minério de ferros extraídos pela própria companhia. Além disso, vale ressaltar que a companhia divulgou recentemente que possuí como meta atingir uma produção de 29 milhões de toneladas da comodity até 2015, com o objetivo de atingir sua auto-suficiência da matéria-prima.

 

Fonte: Um Investimentos

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