19/05/2011

Destaques Bovespa - 19/05/2011

Banco do Brasil – De acordo com a "BLoomberg", o Banco do Brasil planeja emitir no exterior, até o final desta semana, papéis de dívida subordinada de nível 2 com vencimento em 10 anos, visando captar cerca de US$ 500 milhões. Segundo a notícia, o BB contratou o Bank of America, o Banco Votorantim, o BNP Paribas e o J.P. Morgan Chase para fazer a oferta. A notícia é apenas informativa, porém não foi confirmada oficialmente pelo banco.

Gafisa – A companhia comunicou na tarde de ontem (18) ao mercado que seu acionista Blackrock, Inc., em nome de alguns de seus clientes, na qualidade de administrador de investimentos, adquiriu ações ordinárias emitidas pela Gafisa atingindo, em 28 de abril de 2011, de forma agregada, 16.677.178 ações ordinárias e 4.941.610 ADRs representativos de ações ordinárias, somando aproximadamente 5,00% da totalidade das ações ordinárias emitidas pela Companhia. Cabe ressaltar que o investidor declarou que seu objetivo é apenas investimento, não desejando alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da companhia. A notícia é apenas informativa.

Amil – Com um valor de R$ 386 milhões (avaliada pela consultoria BrandAnalytics), a marca Amil deixará de existir como plano de saúde, passando a ser uma marca exclusivamente corporativa a partir do próximo mês. Com isso, o plano atualmente denominado Amil ou Amil Blue passará a se chamar apenas Blue. Segundo Norberto Birman, diretor corporativo da Amil, "a Amil será a marca-mãe, a bandeira da empresa. Nessa nova fase, vamos sempre associar as nossas quatro linhas de planos de saúde à marca Amil, que é muito forte". A notícia é apenas informativa, porém mostra uma estratégia ousada da companhia, uma vez em que a marca Amil é muito conhecida, principalmente por causa do seu plano de saúde. Cabe ressaltar que a operadora é a maior empresa de planos de saúde do mercado com 5,5 milhões de beneficiários.

Usiminas – Após a inauguração da nova linha de galvanizados, o presidente da companhia, Wilson Brumer, declarou que o objetivo traçado pela companhia para 2015 é de chegar a um valor de mercado de R$ 50 bilhões (vs os R$ 20 bilhões atuais), EBITDA de R$ 8,3 bilhões (vs R$ 330 milhões no último trimestre), sendo o setor de mineração responsável por quase 50% da geração de caixa, ter uma dívida bruta de pelo 3x EBITDA e uma dívida líquida entre 1x e 2x o EBITDA. De acordo com Brumer, os números são "uma aspiração, um sonho traçado pela companhia, levado ao acionista" e que os mesmos serão resultados do plano  de investimento traçado pela companhia em 2008, que deve ter um dispêndio mínimo de R$ 10,5 bilhões. Além disso, a companhia estima que em 2015, com a auto-suficiência energética, a companhia deve ter uma economia mensal na base de R$ 350 milhões. A diminuição das despesas é um dos objetivos da companhia para o curto prazo.  As declarações são positivas para os papéis da companhia, que seguem pressionados pela queda na rentabilidade e competição com importados.

Setor de alimentos – De acordo com matéria apurada pelo jornal Valor Econômico, as negociações entre Brasil e Rússia (maior importadora de carnes brasileiras)  estariam avançando positivamente no sentido de reduzir as restrições impostas a 29 estabelecimentos exportadores brasileiros de carnes. De acordo com a notícia, o comercio bilateral deverá aumentar de US$ 6 para US$ 10 bilhões caso a Rússia ingresse na OMC (Brasil prontificou-se a apoiar a entrada da Rússia na OMC e, em contrapartida, a Rússia concordaria em apoiar a entrada do Brasil no Conselho de Segurança da ONU).  A Rússia deve, em breve, liberar as vendas de carne, mas deixou claro que deseja um aumento das importações brasileiras de trigo russo – o governo brasileiro prontamente autorizou a entrada de trigo russo em portos do sudeste. A notícia é marginalmente positiva (já foi em grande parte precificada) para o setor, que vem enfrentando grandes dificuldades com as quedas acentuadas da rentabilidade nos últimos trimestres.  

JBS – De acordo com matéria apurada pelo jornal Valor Econômico, a fatia de mercado do BNDES na JBS passará de 20% para 35% com o aumento de capital de R$ 3,5 bilhões por meio de um colocação privada – se tornando assim o maior acionista da companhia.  A holding controladora, FB Participações (onde a família Batista possui 51,5%), diluirá sua participação de 54,5% para 47% da companhia – deixando a família Batista com apenas 24,2% da companhia. Apesar do BNDES se tornar o maior acionista, o controle não será alterado em função do acordo dos acionistas. Os minoritários devem ser diluídos de 28% para 21,7% - dado que, apesar de ter o direito, pouquíssimos acionistas devem aderir à oferta que foi estipulada a R$ 7,04 (contra o valor atual das ações de R$ 5,48). De acordo com o jornal, a emissão, que será utilizada para cobrir dívidas em moeda estrangeira contratadas em função nas últimas aquisições, deverá economizar o equivalente a R$ 250 milhões para a companhia, líquido de impostos. A notícia é de cunho informativo e já foi em grande parte precificada, não devendo impactar sobre os papéis da companhia.

Kroton – A companhia declarou que vai realizar um oferta de ações cujo valor total pode chegar a R$ 571 milhões, aproximadamente 40% do valor de mercado atual da companhia. A oferta inicial é estimada em R$ 423 milhões, sendo que o objetivo seria vender 18,5 milhões de novas units (cesta formada com 1 ação ON e 6 PN), além de 1 milhão de units já existentes – em que atuais acionistas realizaram parte de suas posições. A operação poderá ter um lote suplementar de 2,9 milhões de units e outro adicional de 3,9 milhões de papéis.  A notícia é negativa para as ações no curto prazo, mas dado que os papéis da companhia caíram ontem aproximadamente 5%, não acreditamos em movimentos de grandes magnitudes para o pregão de hoje (19).

Fonte: Um Investimentos

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