cotado a R$ 1,632 na venda. Com isso, a moeda norte-americana tem a
maior valorização desde o dia 5 de maio (quando subiu 1,25%).
O Banco Central (BC) realizou um leilão para a compra de dólar no
mercado à vista no pregão de hoje. A taxa aceita foi de R$ 1,631. A
medida busca elevar a cotação da moeda.
O medo de um agravamento da crise europeia provocou a alta de mais de
1% do dólar ante o real, para perto do maior nível em um mês e meio.
A redução da perspectiva da nota de crédito da Itália, números fracos
de atividade na China e na zona do euro e até a ameaça de
cancelamentos de voos na Europa por causa de um vulcão na Islândia
azedaram o humor dos investidores, que temem pelos próximos meses em
meio ao fim do programa de estímulo econômico nos Estados Unidos e à
possibilidade de um calote da dívida grega, com repercussões sobre
toda a Europa.
"Se ocorrer uma revigoração da crise iniciada em 2008, o Brasil de
hoje está muito diferente", afirmou Sidnei Nehme, diretor-executivo da
NGO Corretora, em nota. Segundo ele, ao contrário da crise passada,
quando o país aumentou os gastos e conseguiu recuperar rapidamente a
economia, as atuais condições de atividade e inflação forçariam o
governo dessa vez a "jogar na retranca", com impactos maiores sobre os
mercados.
Esta não é uma boa temporada para continuar especulando com o real",
complementou à Reuters.
Até o momento, os investidores estrangeiros mantinham apostas
expressivas na valorização do real. A posição vendida no mercado de
dólar futuro e de cupom cambial (DDI) dos não-residentes alcançava US$
17,4 bilhões na última sexta-feira, maior nível desde 29 de abril.
Para o estrategista da corretora de um banco nacional, que preferiu
não ser identificado, "o que está havendo é uma 'reprecificação' do
crescimento global."
"Quando fica esse cenário mais pessimista, a tendência é uma
interrupção do fluxo. Não algo extremo, mas uma menor liquidez",
acrescentou.
Fonte: Uol
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