16/05/2011

Ibovespa reverte tendência da abertura e sobe apoiado em resultados

Depois de abrir o pregão em queda, com as notícias da crise fiscal da
Zona do Euro, o Ibovespa reverte a tendência e apresenta alta de 0,68%
nesta sexta-feira (16), para 63.666 pontos. O volume financeiro da
bolsa é de R$ 1,448 bilhão.

O principal destaque positivo fica com as ações ordinárias da Light
S/A (LIGT3), que registram valorização de 3,03% e são cotadas a R$
29,27. Com essa variação, a alta acumulada desde o início do ano chega
a 22,55%. A empresa divulgou seus resultados ao mercado após o
fechamento do pregão de sexta, quando mostrou que, com aumento nos
custos de energia comprada, seu lucro líquido recuou 26%, na
comparação com o primeiro trimestre de 2010, ficando em R$ 166,3
milhões.

Por outro lado, o pior desempenho fica com os papéis ordinários da
Marfrig (MRFG3), que são cotados a R$ 14,45 e apresentam baixa de
1,97%. A empresa registrou, segundo publicado na manhã desta segunda,
lucro líquido de R$ 25,2 milhões no primeiro trimestre de 2011,
revertendo o prejuízo de R$ 52,0 milhões obtidos no mesmo período do
ano passado. Os ganhos do período foram impulsionados pelo aumento da
receita operacional de vendas, a qual saltou 64,3% - de R$ 3,195
bilhões para R$ 5,252 bilhões - na comparação ano a ano.

Mercados externos
Em Nova York, os principais índices acionários apontam tendência
divergente, com apenas o S&P 500 em alta. Os investidores repercutem
dados que mostram queda na atividade industrial na região de Nova York
em maio, de 21,7 pontos para 11,9 pontos na comparação com abril, que
contrariou a projeção de 18,0 pontos.

Além disso, os Estados Unidos, assim como o restante das bolsas, estão
de olho nos problemas fiscais de países da Zona do Euro, história que
ganhou mais um capítulo neste final de semana, após o diretor do FMI,
que negocia planos de resgate adicional com a Grécia, e potencial
candidato à presidência da França, Dominique Strauss-Kahn ter sido
preso sob a acusação de tentativa de abuso sexual. Na ultima sessão,
Jean-Claude Juncker, presidente do Eurogroup, afirmou que o pacote de
ajuda financeira à Grécia é inviável e não deverá ser concluído,
acendendo o sinal de alerta na região mais uma vez.

No Brasil, destaque para o boletim Focus, que mostrou estabilidade na
expectativa de PIB (4% em 2011) e Selic (12,50% ao ano), e queda na do
IPCA (de 6,33% para 6,31% ao ano). Além disso, a FGV (Fundação Getulio
Vargas) divulgou o IGP-10, que registrou em maio variação de 0,55%,
ante 0,56% em abril. Já o IPC-S de 15 de maio apresentou variação de
1,09%, 0,04 ponto percentual acima da taxa registrada na última
divulgação.

Na Ásia, o Japão viu o índice Nikkei fechar em queda com o governo
insistindo que só investirá na Tokyo Electric Power caso os bancos
perdoem parte das dívidas da companhia. O índice Shanghai Composite,
da bolsa de Xangai, China, revelou um pregão de perdas. No entanto, o
foco recai sobre ações de empresas ligadas às commodities, já que as
energéticas e algumas das metálicas registram um movimento negativo em
suas cotações.

Commodities
Em relação às commodities, os preços do petróleo mostram queda de
0,74% em Nova York e de 0,4% em Londres, para US$ 98,91 e US$ 113,38,
respectivamente. O ouro sobe 0,65% e a prata, 0,39%.

Juros e câmbio
O dólar comercial opera em alta de 0,31% nesta segunda, cotado a R$
1,6380 na venda. Com a variação, a moeda norte-americana registra alta
de 4,13% neste mês de maio, porém uma desvalorização de 1,69% desde o
início do ano.

Os principais contratos de juros futuros da BM&F Bovespa operam
majoritariamente em alta nesta segunda, com os investidores
repercutindo as novas projeções para a economia brasileira e novos
indicadores de inflação. O contrato de juros de maior liquidez desta
sessão, com vencimento em janeiro de 2013, aponta uma taxa de 12,52%,
0,01 ponto percentual acima do fechamento de sexta. O número de
contratos negociados chega a 50.320.

Fonte: InfoMoney

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