Jornal destaca disputas entre os Estados brasileiros produtores e os não produtores por maior parcela das receitas com a produção de petróleo.
As discussões entre os Estados brasileiros pela divisão dos royalties do petróleo ameaçam atrasar a exploração das reservas na camada pré-sal, adverte reportagem publicada nesta sexta-feira pelo diário econômico americano The Wall Street Journal.
"O Brasil está apenas começando a explorar parte dos maiores campos de petróleo descobertos nos últimos 30 anos, mas um crescente debate sobre como distribuir a riqueza recém-encontrada ameaça atrasar o desenvolvimento das reservas que poderiam transformar o país em um dos maiores exportadores de petróleo do mundo", afirma o jornal.
A reportagem observa que uma disputa política vem crescendo entre os Estados produtores - Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo - e os Estados mais pobres, que também querem uma parcela das receitas.
"A disputa pode atrasar os planos para desenvolver rapidamente os campos de petróleo em águas profundas conhecidos como pré-sal e ao mesmo tempo atrasar por vários anos a receita que o Brasil diz que poderia tirar milhões da pobreza", diz o Wall Street Journal.
O jornal observa que a legislação atual não dá aos Estados produtores nada de royalties pela exploração de petróleo, mas diz que a perspectiva de aumento da produção diária dos atuais 2,1 milhões de barris para 5 milhões de barris nos próximos anos levou-os a reivindicar uma participação nas receitas.
"Apesar de todos os Estados brasileiros receberem indiretamente o dinheiro do petróleo por meio dos gastos do governo federal, os Estados que não recebem royalties da produção de petróleo dizem que o sistema torna os ricos mais ricos às custas dos mais pobres", comenta a reportagem, observando que Rio de Janeiro e São Paulo já estão entre os Estados mais ricos do país.
Fonte: Um Investimentos
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