Grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, escolheu o jurista e ex-ministro da
Justiça Márcio Thomaz Bastos para o litígio no tribunal arbitral de
São Paulo que decidirá a possível fusão da empresa com a rede
Carrefour.
Uma fonte próxima à operação confirmou à Agência Efe a decisão de
Diniz, que ocorre depois de a defesa da companhia francesa Casino -
sócia do consórcio que controla o Pão de Açúcar - qualificar a
eventual fusão de "golpe de Estado corporativo", uma operação que, se
de fato ocorrer, teria como resultado um gigante do comércio no varejo
no Brasil.
A Casino afirma que as negociações entre a família Diniz e a
concorrente Carrefour enfraquecem o pacto de acionistas assinado em
2005 que, segundo sua interpretação, conduzirá em 2012 a tomada de
controle do gigante brasileiro.
A escolha de Bastos, que foi ministro da Justiça no primeiro mandato
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segue à do também
ex-ministro da pasta José Carlos Dias, por parte da Casino.
Esta última companhia anunciou nesta quinta-feira um aumento de 6,2%
de sua participação nas ações preferenciais do Grupo Pão de Açúcar até
ostentar 43,1% desses papéis, porcentagem que duplica o da família
Diniz, que continua com 21% desses títulos.
A aquisição de ações é uma forma indireta de ressaltar a oposição da
Casino à operação. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior, Fernando Pimentel, qualificou a possível fusão como
"estratégica" para o Brasil e até aprovou a participação do BNDES no
negócio.
O grupo francês Carrefour anunciou na terça-feira que estuda a
proposta de fundir seus ativos brasileiros com os da Companhia
Brasileira de Distribuição (CBD), razão social do Grupo Pão de Açúcar.
Fonte: Uol
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