23/05/2011

Bolsas na Europa caem sob pressão de crise fiscal e temor sobre setor aéreo

Os principais índices de ações europeus registram trajetória de queda
nesta segunda-feira (23), pressionados por conta da crise fiscal no
continente e com destaque de queda para as ações do setor aéreo. Os
investidores também ficam atentos à agenda de indicadores nesta
sessão.

A erupção do vulcão islandês Grimsvotn no último sábado traz a
lembrança dos problemas que uma erupção causou para o transporte aéreo
em toda a Europa no ano passado. Desta forma, as ações do setor de
transporte aéreo aparecem entre os destaques de queda neste pregão. Em
Paris, os papéis da Air France - KLM caem 3,75%, enquanto em Londres,
as ações do International Consolidated Airlines Group recuam 3,68%, e
em Frankfurt as ações da Lufthansa caem 3,92%.

Outro destaque negativo deste pregão fica por conta das ações das
mineradoras, pressionadas pela cotação de algumas commodities
metálicas em meio ao recente fortalecimento do dólar. Novamente em
Londres, os papéis da Rio Tinto marcam desvalorização de 2,10%, e são
acompanhados pelas ações da Anglo American, com queda de 3,78%, da BHP
Billiton, com queda de 2,63%, e da Xstrata, com queda de 2,04%.

Indicadores e crise
No âmbito econômico, os investidores avaliam os indicadores econômicos
divulgados nesta data e também repercutem os últimos desenvolvimentos
da crise fiscal que atinge o continente.

Mais cedo, foi divulgado que o PMI (índice dos executivos de compra)
composto na Europa em maio foi de 55,4 pontos, queda de 2,4 pontos em
relação a abril e menor resultado em 7 meses. Na maior economia da
região, a trajetória do PMI também foi negativa. O PMI composto da
Alemanha em maio foi de 56,4 pontos.

No âmbito da crise fiscal, os investidores repercutem mal a mudança na
perspectiva da dívida italiana pela agência de classificação de risco
Standard & Poor's na última sexta-feira. Por conta de preocupações com
os planos de corte de gastos do governo italiano, a agência manteve o
rating da dívida italiana em A+, mas rebaixou a perspectiva de estável
para negativa.

Fonte: InfoMoney

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