23/05/2011

Dólar sobe 1% e fecha a R$ 1,63; Bovespa cede 0,36%

Em um cenário de maior aversão ao risco, as Bolsas de Valores caem e o
dólar ganha força contra as principais moedas, sem exceção do real
brasileiro. Hoje, a taxa de câmbio doméstica oscilou entre R$ 1,641 e
R$ 1,631, para encerrar o expediente em R$ 1,632, em um acréscimo de
1,05% sobre a cotação final de sexta-feira.

Já o dólar turismo foi vendido por R$ 1,750 e comprado por R$ 1,580
nas casas de câmbio paulistas.

O euro, que foi mantido acima de US$ 1,40 nas últimas semanas, desceu
para US$ 1,3968 na rodada de negócios desta segunda-feira, numa sessão
em que todos os "holofotes" do mercado estão voltados para os
problemas do Velho Continente.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) sofre queda
de 0,36%, aos 62.371 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,5 bilhões.
Nos EUA, a Bolsa de Nova York cai 1,03%.

Na semana passada o nervosismo dos agentes financeiros foi reforçado
pelo rebaixamento do "rating" (nota de risco de crédito) da Grécia,
país às voltas com severos problemas fiscais, e alvo de especulações
sobre uma possível reestruturação da dívida nacional.

Para elevar ainda mais a temperatura, no final de semana a agência
Standard&Poor's advertiu que pode piorar a "nota" da dívida soberana
italiana, país mencionado lateralmente em discussões sobre a crise da
zona do euro.

O Banco Central, mais uma vez, optou por uma intervenção discreta,
perto das 16h (hora de Brasília), quando comprou dólares por R$ 1,6314
(taxa de corte).

Entre os poucos destaques do dia, o Ministério do Desenvolvimento
reportou um superavit comercial (exportações menos importações) de US$
2,74 bilhão no mês. No acumulado do ano, o superavit chega a US$ 7,77
bilhões. Na comparação do acumulado do ano, 2011 registra um resultado
86% superior ao resultado de 2010 (US$ 4,18 bilhões).

JUROS FUTUROS

No segmento de juros futuros da BM&F, as taxas projetadas cederam em
boa parte dos contratos mais negociados.

O boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, apontou que boa parte
dos economistas do setor financeiro revisou para baixo suas projeções
para a inflação deste ano --a taxa prevista do IPCA recuou de 6,31%
para 6,27%. A meta oficial de inflação deste ano é de 6,5%.

Para julho (a exceção do dia), a taxa prevista subiu de 12,01% ao ano
para 12,02%; para janeiro de 2012, a taxa projetada passou de 12,32%
para 12,31%. E no contrato para janeiro de 2013, a taxa prevista caiu
de 12,56% para 12,54%. Esses números são preliminares e estão sujeitos
a ajustes.

Fonte: Uol

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