08/07/2011

BC europeu eleva juros para tentar conter inflação

O Banco Central Europeu (BCE) anunciou nesta quinta-feira o aumento da taxa de juros de 1,25% para 1,5% em uma tentativa de conter a inflação entre os 17 países da zona do euro.

O aumento da taxa de juros já era esperado, uma vez que o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, já havia insinuado no mês passado que era provável que houvesse uma elevação.

A despeito do endividamento que está atingindo os países da zona do euro, o BCE teme o sobreaquecimento da economia de países como a Alemanha.

O presidente do BCE afirmou, após o anúncio do aumento da taxa de juros, que os dados econômicos mais recentes mostraram uma desaceleração no crescimento na zona do euro, mas advertiu para o risco de a inflação subir no médio prazo.

A inflação na zona do euro está na faixa de 2,7%, índice superior à meta do BCE, de 2%.

No mês passado, Trichet afirmou que o BCE manteria ''uma forte vigilância'' sobre a inflação, o que sinalizou para os mercados financeiros que um aumento era provável.

A força contínua da economia alemã foi reiterada nesta semana, com índices mostrando que encomendas de produtos industrializados cresceram 1,8% em junho. Muitos analistas haviam previsto uma queda.

Juros

Há temores de que, com a elevação das taxas de juros, haverá também um aumento dos custos de empréstimos, aumentando a já existente pressão sobre países que enfrentam graves crises econômicas, como a Grécia, Irlanda e Portugal.

Indagado se o aumento da taxa de juros irá afetar as economias periféricas da zona do euro, Trichet afirmou que ''todo o continente se beneficiará se mantida uma estabilidade de preços e confiança''.

Ele afirmou que a confiança representa ''a fundação firme'' do qual a zona do euro depende, apesar de alguns países estarem crescendo a um ritmo mais intenso que outros.

Desde a última reunião do BCE em junho, a zona do euro vem evitando que os países que integram o bloco declarem moratória, o que seria a primeira vez que isso ocorre desde sua criação em 1999.

O temor de que a Grécia viesse a declarar moratória foi reduzido após o Parlamento do país ter aprovado medidas de austeridade impostas por credores internacionais.

O BCE tem desempenhado um papel central na crise da dívida, mantendo os bancos gregos à tona com dinheiro de emergência.

Fonte: Uol

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