deverão firmar nesta quarta-feira acordo para permitir a fusão e Sadia
e Perdigão.
Até a noite de ontem, os conselheiros envolvidos ainda discutiam com
executivos da empresa um complexo termo de compromisso que prevê a
venda de indústrias, centros de distribuição e marcas.
Segundo a Folha apurou, o principal ponto em discussão é a retirada da
marca Perdigão de alguns mercados em que a concentração resultante da
fusão é muito grande.
A dificuldade, porém, era bater o martelo sobre quais produtos
deveriam ter a venda suspensa. Entre os mercados em que a marca poderá
ser retirada estão os de salsicha, pratos prontos e pizza. A suspensão
deve ser feita por menos de cinco anos.
A BRF deverá vender ainda as chamadas "marcas de combate", como
Rezende, Wilson, Confiança e Batavo. Além disso, teria que alienar
cadeias inteiras de produção, incluindo de abatedouros a centros de
distribuição, de forma a permitir que compradores possam concorrer.
A negociação foi intensificada após o voto do conselheiro-relator,
Carlos Ragazzo, que em junho criticou duramente a fusão, que poderia
levar a aumento de preços de até 40%, e pediu veto.
Até então, a única proposta feita pela BRF havia sido vender marcas secundárias.
No julgamento, o conselheiro Ricardo Ruiz pediu vista do processo.
Desde então, os dois lados se reuniram várias vezes. No início, a BRF
afirmava que não aceitaria mexer nas marcas principais, mas, com o
veto como alternativa, resolveu ceder.
Fonte: Folha.com
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