13/07/2011

Empresa que levar ativos da BRF não poderá demitir por 6 meses

O acordo fechado nesta quarta-feira entre o Cade (Conselho
Administrativo de Defesa Econômica) e a BRF (Brasil Foods) determina
que quem comprar o conjunto de ativos que será disponibilizado no
mercado pela companhia não poderá demitir os funcionários por pelo
menos seis meses.

A BRF terá que vender as marcas Rezende, Wilson, Escolha Saudável,
Confiança, Delicata e Doriana e outras. A empresa repassará ainda a
concorrentes cadeias inteiras de produção, desde abatedouros até
fábricas e centros de distribuição, para garantir que o comprador
tenha escala para concorrer imediatamente com a BRF. As cadeias
deverão ser integradas geograficamente nos mesmos moldes à operação
hoje feita pela BRF.

Serão vendidas dez fábricas, quatro abatedouros, doze granjas, quatro
fábricas de ração e oito centros de distribuição.

A venda desses ativos foi a condicional para que o Cade aprovasse a
fusão entre Sadia e Perdigão. A BRF também não poderá recomprar nenhum
ativo ou marca vendida por dez anos.

O conjunto corresponde a quase um terço da capacidade produtiva da
empresa e será repassado a um único concorrente. Com isso, o Cade
busca dar escala para que a nova empresa possa competir efetivamente
com a BRF. "Criamos o vice-líder", afirmou o conselheiro Ricardo Ruiz,
responsável pela confecção do acordo.

Em alguns mercados, a empresa que adquirir os ativos que serão
vendidos entrará com uma participação de mercado superior a 20%. Os
ativos vendidos produzirão 730 mil toneladas de alimentos por ano, o
correspondente a 80% da capacidade produtiva da Perdigão.

O valor foi determinado com base na participação de mercado da Sadia
ou da Perdigão em cada um dos mercados analisados, como forma de
garantir que a nova empresa tenha sempre pelo menos a fatia
correspondente à menor participação de mercado de uma das duas.

Fonte: Folha.com

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