18/07/2011

Cheque será compensado em até 2 dias a partir de terça-feira

Os cheques passarão a ser compensados em até dois dias a partir de
terça-feira (19), segundo informou a Febraban (Federação Brasileira de
Bancos).

Atualmente, dependendo da localidade, a compensação pode demorar até
20 dias úteis.

A mudança ocorre devido à implantação da compensação digital, que irá
substituir o procedimento físico. Essa mudança foi implantada em maio
--os bancos tiveram 60 dias para adaptação ao novo sistema.

Com a compensação digital, os cheques não serão mais transportados
entre os bancos. Hoje, o banco que recebeu um cheque envia o documento
para a câmara de compensação do Banco do Brasil. O BB, por sua vez,
faz o encaminhamento dos cheques às instituições financeiras de origem
do documento para averiguação de saldo em conta corrente e conferência
de assinatura, data, preenchimento de valor etc. Somente após esse
procedimento é que a compensação é feita --o que pode demorar quase um
mês.

No novo processo, o banco irá capturar as informações do cheque por
meio de código de barras e imagem. Essas informações serão enviadas
para o BB, em um único arquivo, que irá processá-lo e e enviá-lo ao
banco de origem. O cheque em papel ficará no primeiro banco, sem a
necessidade de haver o transporte.

Cheques de até R$ 299,99 serão compensados em até dois dias; para
valores acima de R$ 300, a compensação irá demorar apenas um dia.

O novo sistema foi pensado pela primeira vez pelos bancos em 1995, mas
não havia, na época, tecnologia disponível. Os testes começaram em
julho de 2010.

SEGURANÇA

A Febraban afirma que o procedimento é mais seguro, porque reduz a
possibilidade de clonagem, extravio, perdas e roubo dos cheques.
"Esperamos uma forte redução na clonagem e falsificação nos cheques
que proporcionaram, em 2010, um prejuízo estimado em R$ 1,2 bilhão
para o comércio e de R$ 283 milhões para os bancos", afirmou em maio o
diretor adjunto de Serviços da entidade, Walter Tadeu de Faria.

De acordo com ele, são movimentados 90 milhões de cheques por mês no Brasil.

O procedimento irá eliminar cerca de mil roteiros terrestres e 50
aéreos, usados hoje para transportar os documentos, gerando economia
de R$ 100 milhões por ano, segundo Dario Antonio Ferreira Neto, do
Comitê de Transporte Compartilhado de Malote da Febraban.

A entidade não sabe qual foi o custo total do sistema, já que cada
banco escolheu seu fornecedor e a forma de implementá-lo.

Fonte: Folha.com

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