18/07/2011

Destaques Bovespa - 18/07/2011

Os investidores estrangeiros ingressaram no dia 13 de julho, quarta-feira, R$ 172,33 milhões na Bovespa, quando o índice subiu 1,62%. No mês de julho, o saldo acumulado de recursos estrangeiros está positivo em 680,00 milhões. No ano, o déficit acumulado de recursos estrangeiros diminuiu para R$ 431,27 milhões. Já os investidores Pessoa Física retiraram, no dia 13 de julho, R$ 75,34 milhões na Bovespa. No mês de julho, o saldo está negativo em R$ 423,82 milhões na Bovespa. No acumulado do ano, o saldo da pessoa física já está negativo em R$ 4,379 bilhões.


Mercado local deverá seguir as bolsas mundiais, refletindo principalmente a notícias acerca da crise de déficit na Europa e pronunciamentos oficiais norte americanos. Foi divulgado agora a pouco o IPC-S de julho, medido pela FGV, apontando uma inflação abaixo das expectativas (-0,13% contra um esperado de -0,11%). Especulações internas sobre possíveis aumentos nas taxações sobre derivativos (para conter os movimentos no câmbio) e expectativa do aumento da taxa básica de juros local (ainda está semana) pressionam o mercado local.  

Cielo – Segundo notícia veiculada hoje (18) no jornal "Valor Econômico", a bandeira de cartões Elo, que pertence ao Bradesco, Banco do Brasil e Caixa, está começando a chegar às mãos dos consumidores. O presidente da Elo Serviços, Jair Scalco, afirmou que apesar dos cartões ainda estarem em estágio embrionário e da necessidade de aumentar a  escala para que o custo do serviço fique mais barato que as bandeiras, Visa e Mastercard, acredita que a Elo alcance o equilíbrio até o ano que vem – isso porque os custos seriam divididos pelos três bancos. Scalco, também afirmou que a rede de Point of Sales, máquinas que realizam a leitura dos cartões, da Cielo, já estão aptas para capturar os cartões da Elo. A notícia é marginalmente positiva para as ações da companhia.

Copel – De acordo com uma notícia vinculada ao jornal "Valor Econômico", o plano estratégico da companhia de energia paranaense para os próximos quatro anos, irá priorizar a aquisição de ativos relacionados a fontes alternativas de energia e concessões do governo. Segundo o artigo, os investimentos previstos para 2011 superariam R$ 500 milhões, como parte dos investimentos planejados até 2015, cujo objetivo principal é o aumento da capacidade de geração de energia da companhia em aproximadamente 44% e a elevação na participação de fontes alternativas na receita da empresa nesse período. A notícia é apenas de cunho informativo, não devendo impactar nos preços das ações.

Eletropaulo – De acordo com o jornal "Valor Econômico", José Aníbal, secretário de Energia do Estado de São Paulo, irá se reunir hoje (18) com a AES Eletropaulo para exigir providências extras da companhia, referentes à falta de energia em algumas regiões de São Paulo no início de junho. Segundo o plano anunciado, a Eletropaulo iria investir R$ 120 milhões para a contratação de eletricistas e para o aumento das posições de atendimento. Entretanto, Aníbal afirmou que o investimento é insuficiente, exigindo 2 vezes o volume financeiro previsto. Além disso, o secretário anunciou que está sendo estudada a possibilidade de multar a AES Tietê e a Duke Energia Geração Paranapanema (companhias do grupo AES no setor de geração) pelos descumprimento do edital de privatização da Tietê, que venceu a 3 anos. De acordo com o documento, as duas empresas tinham a obrigação de ampliar em 15% seus parques geradores, cerca de 720 MW, até 2008. Desde então, o caso se arrastou por diversas instâncias administrativas, e pela primeira vez, o governo do Estado cogita oficialmente em aplicar a multa, que pode levar até ao cancelamento dos contratos de privatização. A notícia é marginalmente negativa para a companhia, podendo gerar uma certa volatilidade nos ativos no curto prazo.certa volatilidade ao preço das ações da companhia.

Gafisa – A construtora divulgou hoje (18/07) seus dados pré-operacionais relativos ao segundo trimestre de 2011. De acordo com as informações, a Gafisa atingiu R$ 1.147 Bilhão em vendas contratadas, valor 22,67% superior ao registrado no 1T11 e 28,87% superior ao mesmo período do ano anterior, alcançando no primeiro semestre um total de vendas de R$ 1.969 Bilhão, volume 12,70% maior que o registrado no primeiro semestre de 2010. Já em relação aos lançamentos, a companhia registrou R$ 1.380 Bilhão no 2T11, valor 36,76% maior que o 2T10, atingindo 36% de seu guidance para 2011.  A velocidade de vendas da Gafisa também apresentou uma boa evolução, registrando no trimestre um VSO de 25,2% contra um 21,4% do 1T11. Consideramos a notícia positiva para os papéis da construtora, porém o relatório divulgado ainda carece sobre maiores detalhes em relação à rentabilidade dos projetos da companhia, nos quais esperamos que sejam divulgados em 08 de agosto com seus resultados operacionais do 2T11.

IMC Holdings – Segundo uma notícia publicada pela "Agência Estado", a International Meal Company Holdings (IMC), companhia que atua no setor de alimentação no Brasil através das marcas Viena e Frango Assado, anunciou que adquiriu 100% do capital social da empresa colombiana "Aeroservicios" por R$ 6,5 milhões. Com presença nos principais aeroportos da Colômbia, a "Aeroservicios" fornece refeições para companhias aéreas domésticas e internacionais, além do comercializar alimentos e bebidas em restaurantes do país por meio das marcas Presto e Palmeto Café. A notícia é positiva para os papéis da IMC, uma vez que possibilita o avanço da empresa nos aeroportos da Colômbia, que corresponderam a 27% da receita da companhia no 1T11, e 16,3% no ano de 2010, além de consolidar a sua presença no setor de alimentício da América Latina.

Minerva – A companhia comunicou ao mercado que pretende usar parte dos R$ 300 milhões obtidos com a venda de debêntures conversíveis para a recompra de bônus de subscrição de ação. A empresa deve alterar o prospecto preliminar da venda de debêntures para refletir o uso adicional dos recursos. O valor de mercado aproximado dos bônus de subscrição era de R$ 10,2 milhões em 12 de julho, conforme dados internos da companhia. A notícia é de cunho informativo, não devendo afetar as ações da Minerva.

MRV – A incorporadora anunciou ontem (17/07) por meio de um fato relevante, que o fundo de private equity "Starwood Capital Global Group" adquiriu 62.650.09 ações da MRV LOG, subsidiária da MRV focada na geração de renda por meio de projetos como galpões industriais e shoppings, em uma operação que movimentou R$ 350 milhões pela aquisição de 33% do capital votante da unidade. Segundo o presidente da MRV, Rubens Menin, o investimento permitirá que a unidade de negócio financie a expansão de seu portfólio de ativos, que possui atualmente 30 projetos divididos em 8 estados brasileiros, equivalentes a 1 milhão de m² de área bruta locável. De acordo com o executivo, o capital aportado será utilizado para alavancar o crescimento da MRV LOG nos próximos três anos, visando atingir 3 milhões de m²  de ABL. A notícia é positiva para as ações da MRV, à medida que a entrada do fundo no braço logístico da companhia representa uma capitalização estratégica para redução do consumo de caixa de sua controladora, MRV Engenharia, cujos investimentos influenciaram muito no endividamento da construtora desde agosto/2010 e o seu foco permanecia distinto de sua controlada.

 

Fonte: Um Investimentos

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