20/07/2011

Ibovespa interrompe sequência de três quedas e registra alta de 0,42%

SÃO PAULO – Acompanhando o bom humor de Wall Street, por conta de
resultados trimestrais predominantemente favoráveis, de indicadores do
setor imobiliário melhores do que o esperado e pelo aval de Obama ao
plano de redução do déficit orçamentário do país, o Ibovespa encerrou
uma sequência de três quedas e fechou esta terça-feira (19) em alta de
0,42%, aos 59.082 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,276 bilhões.

O índice, que chegou a subir 0,95% durante a manhã, apresentou certa
instabilidade no intraday, chegando a registrar queda de 0,27% no
começo da tarde. Contudo, o benchmark da bolsa brasileira consolidou
sua trajetória positiva, acompanhando o otimismo dos investidores em
relação à notícia de que o presidente dos Estados Unidos, Barack
Obama, concordou com o plano proposto por um grupo de seis senadores
norte-americanos para reduzir o déficit orçamentário do país em US$ 4
trilhões no prazo de 10 anos.

Ademais, o dia contou também com a continuidade de temporada de
resultados corporativos nos EUA, com destaque para os números melhores
que o esperado da IBM e do banco Wells Fargo, bem como para a
expectativa favorável acerca dos números da Apple e Yahoo!.
Contrapondo-se aos balanços positivos apresentados, o Goldman Sachs e
o Bank of America Merrill Lynch trouxeram resultados trimestrais aquém
do esperado.

Destaques do pregão
Na ponta compradora, destaque para as ações ordináriasda LLX Logística
(LLXL3), que terminaram a sessão com a maior valorização do Ibovespa,
ao registrarem alta de 5,18%, cotadas a R$ 4,67.

Já no campo negativo, o destaque ficou por conta dos papéis PNB da
Cesp (CESP6), que acentou o movimento de perdas há uma hora e meia do
término da sessão, após declarações desfavoráveis do ministro de Minas
e Energia, Marcos Zimmermann, acerca da privatização da empresa - algo
que já foi por muitas vezes ventilado no mercado. As ações da
companhia fecharam o dia com queda de 3,36%, cotadas a R$ 31,60.

Agenda
No front doméstrico, dentre as sete capitais analisadas pela FGV
(Fundação Getulio Vargas) na segunda semana de julho, três registraram
queda em suas taxas de variação, conforme mostra o IPC-S (Índice de
Preços ao Consumidor Semanal). Já o IGP-M (Índice Geral de Preços -
Mercado) apontou, pela segunda vez consecutiva, deflação de 0,21%, com
os dados referentes a julho idênticos ao mês anterior.

Já nos EUA, foi divulgado o Housing Starts, que mede o número de casas
em início de construção no país, e registrou 629 mil no resultado
anualizado de junho, superando os 570 mil imóveis esperados. O órgão
também publicou o Building Permits, número de autorizações para
construção de novas casas nos EUA, mostrando um total de permissões
superior ao esperado pelos analistas.

Bolsas Internacionais
O índice Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips
norte-americanas, fechou em alta de 1,63% e atingiu 12.587 pontos.
Seguindo esta tendência, o índice S&P 500 valorizou-se 1,63% a 1.327
pontos, da mesma forma, o índice Nasdaq Composite, que concentra as
ações de tecnologia norte-americanas, subiu 1,32% a 2.827 pontos.

Na Europa, o índice CAC 40 da bolsa de Paris registrou alta de 1,21% e
atingiu 3.695 pontos; no mesmo sentido, o índice DAX 30 da bolsa de
Frankfurt valorizou-se 1,19% chegando a 7.193 pontos e o FTSE 100, da
bolsa de Londres, subiu 0,65% a 5.790 pontos.

Dólar
O dólar comercial registrou queda de 0,95%, terminando a sessão cotado
a R$ 1,567 na venda. Já o dólar Ptax, que referencia os contratos
futuros na BM&F Bovespa, fechou cotado a R$ 1,5691 na venda, queda de
0,87% frente ao fechamento de sexta-feira.

O Banco Central realizou um leilão de compra de dólares no mercado
cambial à vista. A operação ocorreu entre às 15h50 (horário de
Brasília) e às 15h55 e teve uma taxa de corte aceita em R$ 1,5663.

Renda Fixa
No mercado de juros futuros da BM&F Bovespa, os principais contratos
fecharam próximos da estabilidade. O contrato de juros de maior
liquidez nesta terça-feira, com vencimento em janeiro de 2012,
registrou uma taxa de 12,46%, 0,02 ponto percentual abaixo do
fechamento de segunda-feira.

No mercado de títulos da dívida externa, o título brasileiro mais
líquido, o Global 40, fechou em alta de 0,21% em relação ao fechamento
anterior, a 136,39% do valor de face.

Já o indicador de risco-País fechou em alta de 5 pontos-base, aos 171 pontos.

Confira a agenda para a próxima sessão
No Brasil, a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas)
apresenta o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) referente à segunda
quadrisemana de julho, enquanto o IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) revela o IPCA-15 (Índice de Preços ao
Consumidor Amplo - 15) de julho.

Ainda no front doméstico, o Copom (Comitê de Política Monetária)
define o rumo da taxa básica de juro do país.

Enquanto isso, nos EUA, serão divulgados o Existing Home Sales
referente ao mês de junho, além do relatório de Estoques de Petróleo
norte-americano, semanalmente organizado pela EIA (Energy Information
Administration).

Já na Europa, o Banco da Inglaterra revela a minuta da última reunião
realizada em julho.

Fonte: InfoMoney

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