08/07/2011

Direto ao ponto: ritmo de recuperação da economia dos EUA sugere leve melhora

SÃO PAULO - Os números acima do esperado no setor privado
norte-americano, a queda dos pedidos de auxílio-desemprego, o discurso
conciliador de Jean-Claude Trichet a respeito da ajuda econômica à
Grécia e tampouco a continuidade da retração do IPCA foram suficientes
para sustentar uma trajetória positiva para o Ibovespa na última
quinta-feira (7). O benchmark terminou o pregão em baixa de 0,56%, aos
62.207 pontos.

O volume financeiro da bolsa ainda está abaixo da média, impedindo a
recuperação do índice em compasso com as bolsas externas, justifica o
analista da Amaril Franklin, Eduardo Machado. Por conta das seguidas
elevações da taxa de juros do país, como medida de combate à inflação,
combinadas com a turbulência externa, em meio à crise de dívida
europeia e a lenta retomada das economias desenvolvidas, a renda fixa
brasileira fica particularmente interessante para o investidor
estrangeiro, que resiste em voltar ao mercado de capitais.

A corretora mantém um viés negativo para o curto prazo, acreditando
que, após o índice romper a resistência em 64.400 pontos, tende a
buscar a pontuação de 61 mil. E o mercado tende a permanecer volátil.
Em primeiro lugar, pelo ingresso de dólares no país, diz Machado.
Depois, soma-se o início da temporada de resultados corporativos
locais na próxima semana, com a Localiza (RENT3), em um período que
deve ser de grandes expectativas e alguns reveses.

Relatório de Emprego
No Relatório de Emprego para junho, o principal indicador desta
sexta-feira (8), a expectativa é de que os eventos climáticos, como o
terremoto no Japão em março, deixem de intervir no mercado de
trabalho, como ocorrido em maio. Após a criação de 54 mil postos na
última medição, o consenso de mercado compilado pelo site Briefing.com
aponta para 80 mil novos postos de trabalho no último mês. O patamar,
ainda distante da média das 220 mil vagas adicionadas mensalmente no
primeiro trimestre do ano, guarda o consolo de que, ao menos, a
economia do país não está em desaceleração.

Aumentam as expectativas por um resultado acima das projeções, já que
a criação de empregos no setor privado em junho e os pedidos de
auxílio-desemprego na última semana ficaram bastante acima das
expectativas. O governo, no entanto, ainda deve contribuir
negativamente para o indicador. A taxa de desemprego deve manter-se em
9,1%.

Fonte: InfoMoney

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