11/07/2011

Impasse sobre teto da dívida continua nos EUA

Uma reunião bipartidária na Casa Branca terminou neste domingo sem dar
fim ao impasse envolvendo o teto da dívida pública americana, que já
chegou ao seu limite legal e é atualmente de US$ 14,3 trilhões (cerca
de R$ 22,4 trilhões).

Segundo mensagem de Twitter do diretor de comunicações da Casa Branca,
as conversas serão retomadas nesta segunda-feira, quando o presidente
Barack Obama deverá fazer um pronunciamento sobre o tema.

De um lado, Obama tenta convencer o Congresso a votar, antes de 2 de
agosto, por um aumento no limite máximo do endividamento, alegando
que, caso contrário, os Estados Unidos poderão ter de deixar de
cumprir seus compromissos financeiros e poderão amargar uma nova
recessão.

Do outro, a oposição republicana, que controla a Câmara dos
Representantes (deputados federais), exige que um acordo esteja
vinculado a cortes de gastos para reduzir o deficit no orçamento -
calculado em US$ 1,4 trilhão (cerca de R$ 2,2 trilhões) para o ano
fiscal que termina em setembro.

Durante a reunião de cerca de uma hora e meia neste domingo,
perguntaram a Obama se seria possível "resolver (o impasse) em dez
dias".

"Temos que fazer isso", respondeu o presidente.
Impostos

Mas os republicanos se opõem a aumentos nos impostos - que o governo
quer impor à parcela mais rica da população americana -, enquanto
democratas se opõem a cortes em programas sociais estatais.

O presidente da Câmara dos Representantes, John Boehner, disse após a
reunião deste domingo, segundo a agência Reuters, que qualquer acordo
relacionado ao orçamento americano deve "restringir gastos futuros e
não incluir elevação de impostos", evidenciando novamente o impasse.

As negociações estão chegando perto da data-limite: segundo disse em
meados de maio o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, com as
medidas adotadas em relação à suspensão dos investimentos nos fundos
de pensão, será possível evitar ultrapassar o teto apenas até 2 de
agosto.

Neste fim de semana, Geithner disse à rede de TV CBS que "o Congresso
tem de agir" pelo aumento do limite de endividamento. "Caso contrário,
vamos enfrentar danos catastróficos à economia americana."

A partir de 2 de agosto, o país corre o risco de não conseguir cumprir
com suas obrigações financeiras perante credores. No último dia 6,
Obama alertou que isso poderia desencadear uma espiral de recessão.

"Nosso crédito pode ser rebaixado, taxas de juros podem subir
drasticamente e poderia haver uma nova espiral rumo a uma segunda
recessão ou pior", disse o presidente, ao responder perguntas feitas
por usuários do Twitter, em evento realizado na Casa Branca.

"O Congresso tem a responsabilidade de garantir que nós paguemos
nossas contas", afirmou o presidente.

Fonte: Uol

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