11/07/2011

Lagarde adverte sobre graves sequência mundiais de possível moratória nos EUA

Washington, 10 jul (EFE).- A nova diretora-gerente do Fundo Monetário
Internacional (FMI), a francesa Christine Lagarde, advertiu neste
domingo que uma moratória nos Estados Unidos pela incapacidade de
chegar a um acordo sobre a dívida traria "graves sequências reais" no
mundo todo.

Em entrevista no programa "This Week" da rede "ABC", Lagarde afirmou
que o Fundo Monetário Internacional (FMI) está "preocupado" e confia
em que o Governo de Barack Obama e a oposição republicana no Congresso
alcancem acordo para elevar o teto da dívida antes da data limite de 2
de agosto.

Se não for alcançado, e entrar em moratória pela primeira vez em sua
história, a maior economia do mundo sofreria "impacto enorme",
provocando a alta das taxas de juros e representaria "um golpe
tremendo às bolsas no mundo todo, porque os Estados Unidos são um país
muito importante para o restante do mundo".

O anúncio do líder republicano na Câmara baixa, John Boehner, que se
retirava das negociações sobre a dívida deixou no sábado à noite no ar
a reunião prevista para este domingo por Obama, uma última tentativa
na corrida contra-relógio por conseguir um acordo que eleve o limite
da dívida além do autorizado, de US$ 14,3 trilhões.

A ex-ministra de Finanças francesa, que tomou posse na terça-feira,
considerou que o problema do desemprego que também espreita aos
Estados Unidos "não é só desse país", mas "do mundo inteiro, e foi
exacerbado como resultado da crise".

Quanto às "feridas" deixadas no FMI pela detenção e julgamento do
ex-diretor-gerente Dominique Strauss-Khan, Lagarde reconheceu que
notou entre os empregados "uma mistura estranha de frustração,
irritação, e em algumas ocasiões de ira, e em outras uma tristeza
muito profunda".

Fonte: Uol

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