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Redução na oferta de crédito deve afetar crescimento da economia brasileira
Economistas do banco suíço Credit Suisse não acreditam na possibilidade de uma aceleração da economia brasileira no curto prazo após a estagnação observada no terceiro trimestre do ano.
A avaliação consta em relatório assinado pela equipe comandada pelo economista Nilson Teixeira.
Para a instituição financeira, o risco do Produto Interno Bruto (PIB) crescer "menos do que 3% em 2011 e 2012 é substancial."
Entre os itens que colaboram para esse cenário, o Credit Suisse destaca a falta de estímulos significativos da política monetária, embora tenha se iniciado um ciclo de corte nos juros em agosto.
"O impacto desse processo sobre a atividade econômica no curto e médio prazos será moderado, devido ao efeito retardatário normal da política monetária", afirmam os analistas em relatório.
Para o Credit Suisse, o impacto do ciclo de alta da Selic em vigor até julho deste ano irá prevalecer sobre o efeito da flexibilização ao longo dos próximos trimestres.
Além disso, os economistas afirmam ainda que o menor crescimento de economias emergentes nos próximos trimestres, principalmente a China, e a recessão - ou crescimento baixo - dos países desenvolvidos devem diminuir a demanda por produtos brasileiros.
Soma-se a isso a contínua desaceleração na oferta de crédito no curto prazo, em meio a um cenário marcado por uma maior incerteza sobre as economias internacionais e desaceleração no mercado de trabalho.
Dados
A análise do Credit Suisse toma como base o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que recuou 0,53% em agosto, conforme divulgado pelo BC na quinta-feira (13/10).
Além disso, o Banco Central já havia cortado, na última segunda-feira (10/10), a perspectiva de crescimento do PIB de 3,51% para 3,50% neste ano. Para 2012, a expectativa se mantém em 3,70%.
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