09/09/2011

Diretora do FMI pede medidas convincentes frente à crise de confiança da economia

Londres, 9 set (EFE).- A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, pediu nesta sexta-feira (9) aos países que adotem medidas "com convicção e urgência" para apoiar a recuperação diante da "crise de confiança" da economia mundial.

Antes de viajar para a França para participar da reunião de ministros do Grupo dos Sete (G7, que agrupa as nações mais industrializadas), que analisará a crise de dívida soberana europeia e a desaceleração econômica, Lagarde disse em Londres que os governos devem utilizar inclusive "medidas pouco convencionais" diante da atual crise.

Em discurso proferido no Instituto de Relações Internacionais Chatham House ao lado do ministro de Finanças britânico, George Osborne, a responsável do FMI pediu aos países industrializados que atuem agora "de maneira valente".

De acordo com a dirigente, existe uma crise de confiança por conta da perspectiva econômica em deterioração e as crescentes preocupações sobre a situação da dívida soberana e dos bancos, indicou em sua primeira visita a Londres à frente do FMI.

Em sua avaliação, as economias desenvolvidas devem restaurar a sustentabilidade fiscal mediante planos de consolidação críveis, mas não devem esquecer que executar essas medidas "muito depressa" pode "prejudicar a recuperação e piorar as perspectivas trabalhistas".

Nos últimos meses, os europeus focaram-se em iniciar sucessivos planos de consolidação fiscal e corte do deficit, enquanto os Estados Unidos estão mais preocupados com reativar a economia, que cada vez mostra maiores sinais de arrefecimento.

Segundo Lagarde, agora "o campo de ação é consideravelmente mais estreito do que quando a crise explodiu pela primeira vez" e há menos opções políticas, embora exista um "caminho para a recuperação".

"A atividade global se desacelerou, os riscos financeiros aumentaram, enquanto o reequilíbrio global da demanda, necessário para o crescimento global, se estagnou", disse.

A diretora-gerente do FMI considerou que, apesar do panorama não ser "encorajador", os políticos têm opções para apoiar a recuperação como as medidas monetárias, que deveriam se manter como têm sido, visto que "o risco de recessão supera o da inflação".

Fonte: Uol

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