17/10/2011

Passaporte para os BRICs

 

 

O feriado de 12 de outubro foi um dia de trabalho para Edemir Pinto, CEO da BM&FBovespa: ele assinou um acordo de integração com bolsas de valores dos países que, ao lado do Brasil, compõem os Brics: Rússia, Índia, China e África do Sul. A meta é permitir um fluxo livre de investimentos entre esses países, cujas economias têm mostrado mais dinamismo que as potências desenvolvidas. Em meio a uma série de reuniões, Pinto conversou com a DINHEIRO:

 

 

 

Por que integrar essas bolsas?

As economias dos Brics estão sendo um exemplo para os países avançados, e o mesmo tinha de ocorrer com as bolsas. Nunca houve um acordo que integrasse cinco bolsas ao mesmo tempo, e isso vai permitir a criação de produtos que serão transacionados internacionalmente.

 

Que produtos vão estar disponíveis ao investidor brasileiro?

A princípio, vamos fazer a listagem cruzada de contratos futuros e opções de índices de ações. O Índice Bovespa será negociado em todas as outras bolsas, assim como os índices da China, Rússia, Índia e África do Sul serão negociados na BM&FBovespa. É importante notar que essas negociações serão feitas e liquidadas em moeda local. O investidor brasileiro pode aplicar em um índice chinês e pagar em reais.

 

 

 

 

Qual a vantagem para a BM&FBovespa?

O aumento da internacionalização vai permitir que qualquer investidor no mundo encontre essa cesta de ativos na bolsa brasileira. Isso vem ao encontro da enorme demanda por investimentos em economias emergentes, especialmente por parte dos investidores institucionais. E essa é só a primeira fase, que deverá estar concluída entre março e junho de 2012. Esse prazo elástico deve-se às exigências das autoridades reguladoras nos vários países, que podem levar mais ou menos tempo para conceder as autorizações necessárias.

 

Quais serão os desdobramentos?

Em uma fase posterior, vamos lançar um índice que será composto pelos índices de todas as bolsas dos Brics. Há muitos produtos que podem ser lançados, como, por exemplo, fundos negociados em bolsa, os ETFs. As possibilidades são ilimitadas.

 

 

 

 

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