13/10/2011

Senado dos EUA rejeita votação de plano de empregos de Obama

 

Governo não conseguiu os 60 votos necessários para levar o projeto adiante; plano agora poderá ser divido e votado em partes

Paula Moura e Ricardo Gozzi, da Agência Estado

SÃO PAULO - O Senado dos Estados Unidos bloqueou nesta terça-feira o projeto de lei de US$ 447 bilhões do presidente Barack Obama, apesar das constantes viagens do presidente pelo país pressionando para que o Congresso passasse a proposta. A votação terminou em 50 a 49. Seriam necessários 60 votos para levar o projeto adiante.O líder da maioria no Senado, Harry Reid, mudou seu voto de sim para não, o que, sob as regras da casa, permitiria que ele trouxesse a legislação de volta para ser votada novamente.

A rejeição inaugura uma nova fase na batalha política sobre a criação de empregos, com a Casa Branca e o Congresso agora planejando dividi-la para tentar passá-la em partes num esforço para mostrar que eles podem fazer algo pelos desempregados.

Para Geithner, oposição a plano eleva risco de recessão

O secretário norte-americano do Tesouro, Timothy Geithner, afirmou em entrevista à emissora de televisão Bloomberg que os congressistas republicanos aumentarão o risco de uma recessão nos Estados Unidos se não aprovarem o plano. "Se o Congresso não agir, é porque os republicanos decidiram que não querem fazer nada para ajudar a economia", acusou Geithner.

Ele admitiu que os republicanos podem ser capazes de bloquear o plano de estímulo à criação de empregos, mas observou que tal postura prejudicaria a economia norte-americana. "Se o Congresso não agir, o crescimento será mais fraco e mais pessoas ficarão sem trabalho", avaliou.

Geithner disse ainda  que não existe nenhum outro plano em discussão capaz de fazer tanto pelo emprego e pelo crescimento do país quanto a proposta de Obama. Questionado sobre o que perguntaria aos candidatos presidenciais republicanos se tivesse a oportunidade, ele disse: "Vocês são a favor do quê? Qual o plano de vocês?" As informações são da Dow Jones.

 

 

 

Nenhum comentário: