17/10/2011

Vale diz manter foco em minério de ferro

 



Presidente da empresa descarta desaceleração da demanda chinesa

Para Murilo Ferreira, que assumiu Vale há 5 meses, país asiático continua a crescer 8% por muitos anos

MARIA CRISTINA FRIAS
ENVIADA ESPECIAL AO RIO

"Meio mineiro, meio japonês." Assim se define Murilo Ferreira, presidente da Vale há cinco meses. "Sou também muito detalhista, gosto de ir a fundo nas questões."
Exatamente uma das características que ele vê em Dilma Rousseff. O estilo de Ferreira é bem diferente do do antecessor, Roger Agnelli.
Quando ouve que ele aparenta muita calma, responde que o que tem "é reflexão". "Temos aqui 126 mil pessoas... se não tiver prudência..."
Mineiro, 57, torna-se mais contundente ao falar de royalties e de siderurgia. A seguir trechos da entrevista concedida no Rio.

 


Folha - A Vale gastou pouco nos últimos anos, na avaliação de analistas.
Murilo Ferreira - Investiu nos últimos cinco anos US$ 44 bilhões. Tem investido de forma intensa.

Mas de 2008...
De 2007 para cá, US$ 44 bilhões. Vamos continuar. Ela tem tido resultados muito bons e isso nos obriga a motivar investimentos. Temos um país que demanda isso da gente, há demanda externa também. 

É possível adiantar algo sobre os investimentos? Onde serão?
Nosso foco é minério de ferro, níquel. Manter a posição de liderança que temos nesses dois e crescer em cobre, carvão e fertilizantes.

Com que cenário a Vale trabalha em relação à China? 
Não acho [que haverá desaceleração na demanda por infraestrutura chinesa]. Há períodos de ajuste. A China está perplexa com o que está acontecendo, mas é coisa de dois ou três meses.
Mas temos de admirar muito a capacidade de planejamento econômico dos chineses. O país continuará crescendo acima de 8% por muitos anos.

 

 

 

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