03/10/2011

Reforma na relação

 

 

Vice-presidente financeiro da construtora Cyrela desde o início do ano, José Florêncio Rodrigues Neto assumiu o cargo de diretor de relações com investidores em agosto e promoveu uma reforma na comunicação com os acionistas. O executivo conversou com a DINHEIRO sobre as mudanças na empresa e também sobre as perspectivas para o setor imobiliário.

 

 

Como se deu sua ida para a diretoria de RI?

Entrei na companhia em fevereiro e, desde então, a ideia da empresa era dar uma nova estrutura para toda a área financeira, que estava muito fragmentada. A partir daquele período, trabalhamos num mapeamento de como isso poderia ser feito para então comunicarmos ao mercado. A saída de Luis Largman (ex-diretor de RI) foi uma decisão dele e apenas coincidiu com esse processo. 

 

O que levou à decisão de reformular a área financeira?

Por essa área passam muitas informações. Há dados oriundos da controladoria, dados que vêm do planejamento e outros provenientes dos demais setores. Ter uma área financeira consolidada facilita o controle de todas essas informações e torna tudo mais transparente.

 

 

 

 

Essa consolidação também vai reduzir gastos?

Sim. A empresa já planejava, inclusive, criar uma diretoria de back office para consolidar informações que hoje estão divididas em três áreas diferentes. Isso vai gerar mais controle e, consequentemente, mais economia. 

 

O setor imobiliário e o de construção civil estão passando por um crescimento, mas alguns especialistas defendem o risco de uma bolha. Qual sua opinião?

Não acredito que estejamos perto de uma bolha imobiliária. Ainda falta habitação. Temos um déficit habitacional muito grande no Brasil, especialmente para baixa renda. Acredito que para os próximos 15 a 20 anos, ainda teremos uma demanda muito grande e os preços continuarão subindo. Além disso, nos Estados Unidos, por exemplo, quando estourou a bolha imobiliária, o crédito era muito acessível e não havia muito controle. Esse não é o caso do Brasil.

  

 

 

 

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