Enquanto os papéis da Natura e TAM dispararam mais de 10%, a Marfrig amargou as piores perdas: recuo de 10,24%
São Paulo – As ações da TAM, maior companhia aérea do Brasil, ocuparam junto com a Natura, maior fabricante de cosméticos do País, o posto de maiores altas da bolsa brasileira nesta semana, com ganhos superiores a 10%, ao mesmo tempo em que o Ibovespa, principal índice brasileiro, valorizou 1,72%. No caso da TAM (TAMM4), os papéis terminaram a semana com ganho de 10,61%.
A principal causa do movimento de alta da empresa aérea está na expectativa favorável diante do julgamento da corte constitucional do Chile referente ao pedido da Pal Airlines - principal concorrente da LAN - de rejeitar a fusão entre a empresa e a TAM, sob a hipótese de que a união formará um monopólio do mercado. A corte irá agora se reunir em 31 de agosto para tomar uma decisão.
A Natura (NATU3) foi beneficiada depois que o Credit Suisse melhorou sua recomendação, citando múltiplos baratos e perspectiva de maiores dividendos do que suas concorrentes. A forte alta vista na última quarta-feira, quando os papéis chegaram a ser negociados a 37,95 reais, maior valor intradiário desde 13 de julho, colaborou para o ganho 10,24% na semana.
Segundo os analistas Marcel Moraes e Antonio Gonzalez, o papel se desvalorizou 22% desde o início do ano até 23 de agosto, empurrando os múltiplos da companhia para 17,1 vezes o lucro estimado para 2012, o que corresponde a um desconto de 20% em relação à sua média histórica e 15% menos que outras companhias do setor. Os analistas elevaram a recomendação de underperform (performance abaixo da média do mercado) para neutro.
Marfrig
Os papéis da Marfrig, segunda maior processadora de carnes da América Latina, registraram o pior desempenho da semana, atingindo queda acumulada de 10,24%. O recuo ocorre após a companhia ter dado o troco e registrado bons ganhos na semana anterior. Os papéis tinham sido afetados por vendas realizadas por fundos da gestora GWI.
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