30/08/2011

Venda de imóveis novos residenciais recua 31% no ano em SP

A venda de imóveis novos residenciais na capital paulista somou 11.680 unidades no primeiro semestre, com retração de 31,3% ante o mesmo período no ano passado, de acordo com os dados divulgados nesta terça-feira pelo Secovi (Sindicato da Habitação) de São Paulo.

"A redução nas vendas mostra que os preços estão batendo no teto", afirmou o presidente da entidade, João Crestana. O avanço da inflação e as consequentes medidas de contenção do crédito também contribuíram para o clima de desaquecimento do mercado imobiliário, segundo o Secovi.

As moradias de dois dormitórios tiveram a maior participação nas vendas, representando 40,3% do total, seguidas pelas unidades com três quartos (29,5%).


Venda de imóveis novos residenciais na capital paulista somou 11.680 unidades no primeiro semestre do ano

A capital do Estado respondeu por 48,3% dos imóveis vendidos na região metropolitana de São Paulo, que engloba outros 38 municípios. Houve perda na participação ante o mesmo período do ano passado, quando era de 50,6%. Foram comercializadas 24.178 unidades na região, variação negativa de 28%.

Já a quantidade de lançamentos, contabilizada pela Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos sobre o Patrimônio), registrou expansão de 3% na cidade de São Paulo no mesmo comparativo, totalizando 13.992 moradias postas à venda entre janeiro e junho deste ano na cidade. Enquanto isso, na região metropolitana de São Paulo apresentou queda de 9%, atingindo 24.739 unidades.

FINANCIAMENTOS

As operações de crédito imobiliário com recursos da poupança em todo o país atingiram R$ 37 bilhões, distribuídos em 236,5 mil unidades, no primeiro semestre, registrando o melhor resultado em valor e quantidade para esse período da série histórica, iniciada em 1967, de acordo com a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).

Com condições mais favoráveis ao tomador do empréstimo, com taxas de juros menores e o alongamento dos prazos de pagamento, o percentual de financiamento dos imóveis vem crescendo nos últimos anos, atingindo uma média de 62,7% do valor total da moradia. Para se ter uma ideia da escalada desse patamar, em igual intervalo em 2005 os mutuários davam de entrada mais da metade do valor para realizar o sonho da casa própria, restando aos bancos emprestar 47,9%.

Fonte: Folha.com

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