29/08/2011

Kroton estuda como crescer mais rápido

 

Após completar a integração da Iuni Educacional, adquirida em 2010, e finalizar uma captação de R$ 363,8 milhões com a emissão de units, a Kroton Educacional se prepara para mais um ciclo de crescimento. Carlos Lazar, diretor de relações com investidores da empresa, conversou com DINHEIRO. 

 

 

 

Como a companhia vem conseguindo aumentar o número de alunos?

Estamos aumentando o número de unidades, tanto de maneira orgânica, como por aquisições. Queremos continuar crescendo dessa maneira. 

 

Como isso será possível?

A integração com a Iuni já está completa. Com isso, já podemos nos concentrar em novas compras. Também finalizamos uma captação no mercado financeiro e estamos prontos para fazer novas aquisições. Hoje temos cerca de 2 mil instituições privadas de ensino superior no Brasil. O setor é muito pulverizado e isso nos abre boas oportunidades.

 

Como determinar quando o crescimento será orgânico ou via aquisições?

O crescimento orgânico é sempre importante. Mas, para construir um campus onde ainda não temos operações, há uma série de requisitos a ser cumpridos, desde a construção até a autorização para a abertura de vagas no MEC. Esse investimento só vai trazer algum retorno após um ano, e lucro sólido após quatro, quando se formam as primeiras turmas. Ao entrar num mercado novo, também há o risco da demanda. A aquisição de instituições já existentes elimina alguns desses riscos e processos, e acaba sendo mais eficaz. Devemos crescer muito mais via aquisições, mas se houver um lugar onde quisermos muito atuar e não encontrarmos nenhuma instituição no perfil que buscamos, aí vamos para o crescimento orgânico. 

 

 

 

 

Qual é o perfil de instituição que a Kroton olha?

Buscamos instituições com 3 mil e 7 mil alunos. Vamos focar nos nove Estados onde já temos operações ou em regiões que crescem acima da média do Brasil, como Norte, Nordeste e Centro Oeste.

 

Por causa da concorrência, esses ativos estão caros?

Sim. Nós, Anhanguera Educacional e Estácio formamos um bloco consolidador no setor e os três estão atrás de boas oportunidades. O que não gostamos de fazer é entrar em leilão de preço. Mas como há muitas instituições disponíveis, há espaço para uma competição saudável. 

 

A nova captação deve financiar o crescimento? A queda da bolsa não atrapalhou?

O montante vindo da captação será nossa maneira prioritária de financiamento. O mercado recebeu bem ofertas anteriores do setor. Por isso, quisemos voltar ao mercado. Mesmo com a atual fase de baixa, a bolsa foi o melhor caminho a ser seguido. Em 12 meses, subimos 26%, contra queda de 19% do Ibovespa.

 

 

 

 

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